sábado, 29 de setembro de 2007

Morte e Vida Stanley

O Amor é Filme!

Preta - cordel do fogo encantado

Simplesmente maravilhoso!!!

Muito além da Tropa de Elite!!!

Galera assistam este documentário feito pelo João Moreira Salles.
O Bope, o Comando e o Cidadão no meio do fogo cruzado!!!
A realidade do Rio de Janeiro muito além da Tropa de Elite...

Boa degustação!!
(o filme está dividido em 10 partes)

Notícias de uma Guerra Particular - parte 1/10

Notícias de uma Guerra Particular - parte 2/10

Notícias de uma Guerra Particular - parte 3/10

Notícias de uma Guerra Particular - parte 4/10

Notícias de uma Guerra Particular - parte 5/10

Notícias de uma Guerra Particular - parte 6/10

Notícias de uma Guerra Particular - parte 7/10

Notícias de uma Guerra Particular - parte 8/10

Notícias de uma Guerra Particular - parte 9/10

Notícias de uma Guerra Particular - parte 10/10

é isso aí!!!
Agora esta na hora de você exercitar a dialética...
Tome partido, opine, só não
vale ficar na mesma!!!

Show Benificente BLUES

Projeto Blues Pela Vida!!!

Sou um Guardador de Rebanhos

Sou um guardador de rebanhos.
O renanhanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.

Geraldo Vandré pra tristeza espantar!!!!!!!

Se a tristeza chegar
E seu coração
Sozinho encontrar
Você vai sofrer
Você vai chorar.
Mas se a tristeza chegar
E você quiser
E você lembrar
Tanta gente aí de maior tristeza,
Tristeza no olhar
De trabalhar
Pra depois dormir
Depois acordar
E trabalhar
Se você quiser
Se você lembrar
Você vai saber,
Nunca mais chorar,
Que o amor mais lindo vai ensinar
Que todos os tristes
Querendo juntos
Toda a tristeza
Vai se acabar


Rosa dos Ventos, é mais vida.......

E do amor gritou-se o escândalo
Do medo criou-se o trágico
No rosto pintou-se o pálido
E não rolou uma lágrima
Nem uma lástima
Pra socorrer

E na gente deu o hábito
De caminhar pelas trevas
De murmurar entre as pregas
De tirar leite das pedras
De ver o tempo correr

Mas, sob o sono dos séculos
Amanheceu o espetáculo
Como uma chuva de pétalas
Como se o céu vendo as penas
Morresse de pena
E chovesse o perdão

E a prudência dos sábios
Nem ousou conter nos lábios
O sorriso e a paixão

Pois transbordando de flores
A calma dos lagos zangou-se
A rosa-dos-ventos danou-se
O leito dos rios fartou-se
E inundou de água doce
A amargura do mar

Numa enchente amazônica
Numa explosão atlântica
E a multidão vendo em pânico
E a multidão vendo atônita
Ainda que tarde
O seu despertar

Roda Viva , é a vida......

Tem dias que a gente se sente

Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mais eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda-gigante
Rodamoinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mais eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá

O amar por Oswaldo Montenegro:

Quando A Gente Ama

Oswaldo Montenegro


Quem vai dizer ao coração,
Que a paixão não é loucura
Mesmo que pareça

Insano acreditar

Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra
Alguma pra falar

Meu amor,a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar

Quando a gente ama,
Simplesmente ama
É impossível explicar
Quando a gente ama
Simplesmente ama!

No Caminho Com Maiakóviski

"[...]

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Maiakóvski brilha aqui!!!!!!!!!

E Então Que Quereis?...


Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há
no rugir das tempestades.

Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas.

Só mais uma de amor!!!!!!

Amor Como Essência da Individuação

Emanuel Tadeu Borges

A verdadeira experiência individuadora, a experiência essencialmente individuadora é o Amor. Dito em termos práticos: é o Serviço, o “servir ao próximo”. Mas isso já foi dito... A experiência analítica que gera a transformação do sujeito é o Amor. “Amai-vos uns aos outros”, no entanto, não significa fazer de nosso semelhante objeto do mesmo tipo de sentimento de caráter egoísta que faz de nós seres separados dos outros (a manifestação mais íntima daquilo que o mestre Tibetano denomina “a heresia da separatividade”).

A afirmação complementar mostra-nos claramente que se trata de um sentido de unidade: “Amai-vos uns aos outros”. O Amor é uma força de união, em todos os sentidos. Esses dois enunciados são os princípios essenciais da individuação (processo de transformação positiva do indivíduo) e da Fraternidade (processo de transformação positiva da humanidade como um todo), respectivamente. As pessoas devem tornar-se indivíduos (“não-divididos”,portanto unificados em seus dois níveis: consciência e inconsciente atuando de modo cooperativo). Os homens devem tornar-se irmãos (unidos e enquanto indivíduos, segundo o primeiro princípio, preservando as suas diferenças; cooperando).

A essência da vida não é nem a necessidade, nem o poder, mas o Amor. O Amor é o poder que não escraviza, mas liberta, pois liberdade é união. A verdadeira liberdade é servir ao outro, é doar-se. O amor é, “a virtude que dá” (Nietszche). Doar ou Amar é permitir-se impregnar pelo Todo “em que vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”, para agir Nele inspirado. Ser conduzido pelo Cosmos permitindo-o agir através de nós. E ao agir através de nós, o Cosmos faz agir o indivíduo, a singularidade criativa que somos, levando-nos a cumprir nossa parte na Grande Obra Universal. A nossa “tarefa”, nossa “missão”, aquilo que nos foi requisitado realizar, a participação construtiva que é dada a cada indivíduo realizar, única e intransferível.

O dom do Todo, que “atravessa nosso ser” e que “nos inspira” ou “que nós inspiramos no Ser” é o Pneuma dos gregos, a Anima dos latinos, o Ka dos egípcios, o Atma hindu, o Tao chinês, o Espírito Santo cristão. E ao atravessar-nos ele nos incita a criar laços. Como na famosa passagem de “O pequeno príncipe”, de Saint-Exupéry: “O que quer dizer cativar?” Cativar, no sentido amoroso da expressão, quer dizer “criar laços”. O Amor não escraviza (torna cativo, no outro sentido: prende, cerceia, nega), mas liberta (cativa, inspira, apaixona, guia, une), unifica preservando as diferenças individuais, as singularidades.

Doar-se é a condição para romper-se os vínculos narcísicos com o eu e o mundo. “Apagar a história pessoal” e “parar o mundo”, na terminologia de Castaneda (conferir os 2 capítulos com esses nomes em “Viagem a Ixtlan”). Desfazer o eu e o mundo são também a condição para criar e curar-se da “imobilidade psicológica” e do “isolamento social” (da neurose e da alienação). Como afirma Octavio Fernández Mouján, em seu belo “La creación como cura”, viver positivamente o que ele denomina “crise vital”, abrir um “espaço quântico” na existência, só é possível à força de um desapego criativo: renunciar ao velho para dar passagem ao novo “em si mesmo” e “no mundo”. Renunciar ao eu e aos objetos como “forças de identificação”.

Talvez o que Freud chamou “pulsão de morte”, Nietszche “vontade de poder” e Marx “luta de classes”, essa força que aparece ora como dramaticamente entrópica (em Freud), ora como tragicamente excessiva (em Nietszche), ora como determinantemente antagônica (em Marx), cindindo interna e externamente a existência humana (isto é, psicológica e socialmente; individual e coletivamente), a Morte, a Embriaguez ou o Ódio, como símbolos do Ser, talvez, dizíamos, essa força possa ser vivida diferentemente...

Concebida, visualizada, direcionada e posta em movimento sob a forma do Amor, ela deverá atuar como união de opostos. Graças a um esforço coletivo crescente dos homens, a partir de cada indivíduo, em seus “pensamentos palavras e obras”. Pois os pensamentos e as palavras preparam a ação. Essencialmente e mais profundamente: “a energias e gue o pensamento”. Ou como dizia o grande místico espanhol Vicente Béltran Anglada, a ação criativa dos devas, a energia construtora de formas na Natureza, segue o planejamento mental ou inspiração intuitiva humana (o pensamento).

Um pouco de Fernando Pessoa...

Ah quanta melancolia!



Ah quanta melancolia!

Quanta, quanta solidão!

Aquela alma, que vazia,

Que sinto inútil e fria

Dentro do meu coração!

Que angústia desesperada!

Que mágoa que sabe a fim!

Se a nau foi abandonada,

E o cego caiu na estrada -

Deixai-os, que é tudo assim.

Sem sossego, sem sossego,

Nenhum momento de meu

Onde for que a alma emprego -

Na estrada morreu o cego

A nau desapareceu.

MAIAKOVSKI, a fim de tornar seu dia mais belo e poético...

ADULTOS

Os adultos fazem negócios.
Têm rublos nos bolsos.
Quer amor? Pois não!
Ei-lo por cem rublos!
E eu, sem casa e sem teto,
com as mãos metidas nos bolsos rasgados,
vagava assombrado.
À noite
vestis os melhores trajes
e ides descansar sobre viúvas ou casadas.
A mim
Moscou me sufocava de abraços
com seus infinitos anéis de praças.
Nos corações, nos relógios
bate o pêndulo dos amantes.
Como se exaltam as duplas no leito do amor!
Eu, que sou a Praça da Paixão, *
surpreendo o pulsar selvagem
do coração das capitais.
Desabotoado, o coração quase de fora,
abria-me ao sol e aos jatos d'água.
Entrai com vossas paixões!
Galgai-me com vossos amores!
Doravante não sou mais dono de meu coração!
Nos demais - eu sei,
qualquer um o sabe -
O coração tem domicílio
no peito.
Comigo
a anatomia ficou louca.
Sou todo coração -
em todas as partes palpita.
Oh! Quantas são as primaveras
em vinte anos acesas nesta fornalha!
Uma tal carga
acumulada
torna-se simplesmente insuportável.
Insuportável
não para o verso
de veras.

*Praça de Moscou

Os que lutam

"Há aqueles que lutam um dia; e por isso são bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis."

Bertold Brecht

Aos humanos, demasiadamente humanos:

“Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade
As pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos.
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros,
Mas de ações e reações, de expectativas e frustrações
Uma pessoa é única ao estender a mão,
E ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande...
É a sua sensibilidade, seu tamanho...”
(Willian Shakespeare)