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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
O SIGNO DA CIDADE, UMA OPINIÃO por Laís Cavalcanti dos Santos
QUAL O SIGNO DA CIDADE?
COM QUEM ELE COMBINA?
Na bandeira de São Paulo está escrito "conduzo, não sou conduzido".
Agora a pergunta que não quer calar: PRA ONDE?
Como a poesia que emana da arte pode nos contactar novamente com o real de maneira mais reflexiva, cuidadosa e paradoxalmente suave e cáustica.
As palavras me faltam ao descrever como a arte pode reinventar o cotidiano!
O filme "O Signo da Cidade" é uma primorosa equalização da nossa realidade paulistana. Seus detalhes aliam as fatalidades da selva de pedra em um perpétuo jogo de contrários.
O playboy que tira onda surrando travestis e a menina que agoniza em silêncio, enquanto se corta tentando afugentar uma dor que não dói.
A solidão acompanhada que São Paulo promove bem. São muitos na multidão, todos interligados e ao mesmo tempo imersos em sua agonia, seu desespero, seu egoísmo...
Mas calma a chuva cai e apaga as chamas, a cidade está limpa de novo e tudo recomeça, a criança é salva pelo improvável e aquele que ajuda é surpreendido pela ingratidão.
É São Paulo!
Tudo acontece rapidamente, paradoxos contínuos ao ritmo do metrô.
Um poema sobre o caos e a solidariedade que sobrevive apesar dele e a partir dele.
Vale muito a pena visitar a babel paulistana de "O Signo da Cidade"
Em cartaz nos melhores cinemas da cidade.
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