quarta-feira, 25 de junho de 2008

Escândalo - Alstom: percentual de propina em documento


Depois que o portal wsj.com/américas, o The Wall Street Journal
e o Valor Econômico divulgaram ontem, a Folha de S.Paulo e
O Estado de S.Paulo repicam hoje a história de uma propina de
R$ 8,5 (o equivalente a 7,5% de um contrato de R$ 110 milhões)
que teria sido paga pela Alstom em troca do fechamento de um
negócio com uma estatal paulista, em outubro de 1997, durante
o primeiro quadriênio do PSDB na administração de São Paulo,
o do governador Mário Covas.

A Folha diz ter cópia do documento, de outubro de 1997, e em
poder de promotores da Suíça - país que junto com a França
investiga o suposto pagamento de propina pela Alstom - em
que o percentual do suborno é citado. O documento, um
manuscrito em francês diz o jornal, é atribuído a dois executivos
da Alstom, Bernard Metz (citado nos veículos que divulgaram
reportagem a respeito ontem) e André Botto.

O Folhão registra que o norte-americano The Wall Street Journal
noticiou que os franceses da Alstom negociavam com um
personagem misterioso, chamado Cláudio Mendes -o nome
pode ser pseudônimo - que seria a ponte para os negócios
"com o G. (de governo, segundo os suíços)", segundo o documento.

De acordo com a papelada que a Folha diz dispor, os autores
do documento registram que o dinheiro da propina iria para
"as finanças do partido" (PSDB à época e até agora);
"o Tribunal de Contas"; e "a Secretaria de Energia".
Informações idênticas são reproduzidas no material do Estadão.

A Folha de S.Paulo conclui que com o pagamento da propina
o negócio "aparentemente" deu certo: a Alstom foi contratada
pela Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE)
por R$ 110 milhões para fornecer equipamentos para uma
subestação de energia no Cambuci (bairro da Capital), parte
de um projeto de modernização do sistema elétrico paulista.

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