quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O anjo negro e o senhor da selva.

O anjo olha para o horizonte e seu leão, fiel e feroz companheiro, descansa tranquilo. Tudo está feito.
No apartamento os homens chegaram tarde, não se pode fazer mais nada para machucá-lo. Aquele ser já se libertou de sua matéria.
Nem a clava pode feri-lo, nem a rede pode prendê-lo. Sua essência já corre pelo universo graças ao bom anjo negro e seu feroz amigo, que cuidou de atrair a atenção para si enquanto o anjo trabalhava.
Não é o ser que está morto na cama. A imagem é que é a morte do homem, ela pode apenas representar algo que não está mais lá.
E os curiosos de plantão tentam entender a situação. Mas não há como entender a vida, quando o que se pensa vida é um homem no caixão.
Um som ao fundo invade a cena: bííí, bííí... Saio da embriaguez do sono e abro os olhos para minha realidade. São seis horas da manhã, é hora de levantar para trabalhar. Foi um sonho!
Levanto e vou abrir a janela, lá fora avisto a ponte, um homem de preto está debruçado nela.
Me troco ao som de meu antigo gramophone. Saio do aparetamento em direção aminha selva de pedra, aí outro som vem e me atormenta: um rugido de leão.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

resposta ao ataque de veja a Paulo Freire.

Na semana passada, a viúva do educador Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire, escreveu uma carta de repúdio à revista Veja, em decorrência de reportagem publicada na edição de 20 de agosto, intitulada 'O que estão ensinando a ele?'. De autoria das jornalistas Monica Weinberg e Camila Pereira, a reportagem foi baseada em uma pesquisa sobre a qualidade do ensino no Brasil. Em um determinado trecho da reportagem, lê-se:
'Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado'.

Diante disso, Ana Maria Araújo Freire escreveu a seguinte carta de repúdio:
'Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo deste.
Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoa pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.
A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.
Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do 'filósofo' e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.

Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido – na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.
Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu 'Norte' e 'Bíblia', esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorado com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.

Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja os dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!

São Paulo, 11 de setembro de 2008
Ana Maria Araújo Freire

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O SOM E O CHEIRO

São seis horas da manhã, a casa está agitada, o cheiro do café e do
chá que vem subindo pela escada junto ao som do violino que é tocado
na sala e do chuveiro no banheiro ao lado do quarto.

É hora da escola, minhas duas tias professoras estão se preparando
para o longo dia na escola, enquanto eu e minhas duas irmãs somos
trocadas pela minhã mãe e pela minhã tia Luzia que trabalha a tarde.

Lá embaixo meu vô para de tocar o violino e pega o telefone cinza da
telesp que fica em cima do órgão e liga para a estorinha. Desço e
escuto a estórinha da chapeuzinho vermelho, acaba e vou pra mesa tomar
café enquanto minha irmã gêmea vai para o telefone, enquanto isso
minha irmã mais nova dois anos, com 5 agora, está deitada no sofá, que
fica próximo ao órgão, com sua mamadeira de chocolate quente enquanto
espera sua vez.

Enquanto tomamos o café na cozinha, que para mim naquele tempo era
gigante, minhã mãe prepara as lancheiras e as tias penteiam nossos
cabelos compridos até quase arrancar do coro cabeludo. Alguns minutos
se passam e ouvimos a buzinha, bííí.. bííí, é a perua chegando, esta
na hora de entrar na vida pública.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

feliz aniversário!!!

Hoje é o dia de pensar: o que eu fiz da minha vida?
30 anos pra quê?
Por que caminhos passei?
Pra quê?
Por quê?
Que angústia, correndo atrás de algo que não significa nada para mais ninguém além de mim...
Para não ser injusta..para alguns significam algo.

Sei lá...
Melhor deixar pra pensar nisso amanhã...
Sem o choque da data...

It's all folkes

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O trabalho de professor.

“O Inferno somos nós.”
Marilena Chauí

Tentando entender o trabalho docente a autora relata sua pesquisa que tem como objetivo “efetuar um recorte do imaginário social dos professores do município do Rio de Janeiro evidenciando as suas representações do próprio trabalho”.
Partindo da ótica psicanalista ela percebe uma heroicização do docente, que luta e se sacrifica numa batalha sem fim, repetida a cada nova turma. O discurso foi analisado levando em consideração o imaginário e a ideologia. A pesquisa indicou que os professores se representam como heróis “que salvam as pessoas da ignorância”, mas acabam se perdendo nela.
A moral judaico-crista que herdamos separa o trabalho e o gozo, e o professor deformado pelo trabalho cobre seu sofrimento material com um prazer imaginário proporcionado pela “arte de ensinar”. A resistência a aceitar sua condição de trabalhador assalariado levá-os a reverenciar o “status” da profissão.
Na pesquisa apareceram representações defensivas, colocando o professor na posição de herói que se eterniza através dos alunos. A idéia de vocação ameniza o sofrimento, e dignifica o trabalho docente. Processos defensivos, com excesso de explicações e fuga de conflitos, ficaram evidentes, assim como a tendência a chamar para os professores a responsabilidade de reversão do quadro atual através dessa martirização e não da luta político-sindical. O amadurecimento e sofrimento são encarados como ritos de passagem.
Também esteve presente um fenômeno deformacional, onde professores relacionam-se com símbolos gloriosos, heróicos ou depreciativos, distanciando de uma forma ou seu trabalho da proletarização real.
O saber como arma sagrada do professor para salvar os alunos; o futuro glorioso atribuído ao papel simbólico do dono da escola, que organiza o mundo desprovido de sentido; a heroicização do magistério; a imagem do outro, o mau professor, autoritário, desinteressado, desatualizado, individualista e despolitizado, que habita cada um deles; a tendência para o sacrifício, incluindo baixos salários e o trabalho excessivo, responsabilizando as autoridades, os alunos difíceis, as famílias dos mesmos e os meios de comunicação de massa; o futuro heróico envolto em projetos educacionais de cunho social, que melhorarão o cenário da educação no Brasil; são noções que auxiliam o professor a superar algumas inferioridades e assim resolver de forma imaginária seus conflitos.
Vários tipos de heróis desfilaram nesta pesquisa, o cristão, o delirante e o mitológico. Só faltou o herói político, aquele que, segundo Arendt, é revelado pela história e cuja coragem fundamental esta na disposição para agir e para falar, em situações que todos calam.
Talvez, os educadores estejam sofrendo os efeitos que Tamarit chamou de “curva ideológica”, referindo-se ao pensamento pós-moderno que na América latina, lançou por terra a tradição revolucionária.

OLIVEIRA, Eloiza da Silva Gomes de. Trabalho do professor – trabalho de Sísifo? A heróica dimensão imaginária da docência. In: VIELLA , Maria dos Anjos Lopes(Org.) Tempos e Espaços de Formação Chapecó: Argos, 2003.

QUEM DE FORMA O PROFISSIONAL DO ENSINO (RESUMO)

“Não sois máquinas, homens é que sois”

Charles Chaplin

“Nossa vida é o assassinato pelo trabalho”

Georg Büchner

Dizer que o dia em que tivermos educadores mais qualificados resolveremos os problemas da educação é um mito, segundo o autor. Para ele a desqualificação do mestre é apenas um dos aspectos da desqualificação da própria escola.

O despreparo do mestre o mantém fraco e facilmente manipulável, e esta é a raiz da sua desfiguração social e de sua fraqueza como categoria social.

Tudo que se faz pela qualidade do educador tem uma dimensão social e política, que cria condições para a instrumentalização de uma categoria e a qualificação da escola.

Quando se fala em qualidade de educação tudo se discute, apenas as condições materiais são esquecidas como se pouco ou nada pesassem no fracasso escolar.

O processo de ensino-aprendizagem, pautado na figura do professor transmissor de conhecimento, ajuda a explicar o fracasso da escola pelo despreparo do profissional da educação.

Não podemos esquecer que o despreparo desse profissional esta integrado a negação do direito de saber as camadas populares.

Acreditar que o Estado, a burguesia e seus gestores assim como os empresários do ensino querem elevar os níveis de qualidade, mas não conseguem devido ao atraso sócio cultural do país, é uma ingenuidade.

Se as propostas de revitalização dos centros de formação forem inspirados na relação linear e ingênua entre capacitação do profissional e êxito da escola, estaremos recuando.

O peso desmotivador, não apenas da falta de condições de trabalho, a instabilidade no emprego, as relações hierárquicas, o universo burocrático, a condição de simples assalariado a que vem sendo submetido o profissional do ensino, não são lembrados quando se equaciona as causas do fracasso escolar, nada se fala sobre a motivação,

O capitalismo tem um caráter desqualificador e deformador, nas palavras de Adam Smith “a perícia no ofício é uma qualidade que parece ter sido adquirida à custa das virtudes intelectuais e sociais”, e o professor, neste sistema, como todo assalariado, perde o controle do seu trabalho, de sua qualificação, do processo e até de si mesmo como trabalhador.

Enfim , o professor , inconscientemente, é reprodutor de sua própria situação, um mero assalariado, pago para executar propostas pedagógicas pensadas por outros e alienado.

ARROYO, Miguel González Quem de-forma o profissional do ensino In: VIELLA, Maria dos Anjos Lopes (Org.) Tempos e Espaços de Formação Chapecó: Argos, 2003.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sobre o pagamento da reposição

é importante solicitar na escola a inclusão do pagamento das reposições no calendário
de “inconsistências” referente à julho;

há informações de que, excepcionalmente, o calendário deste mês
(para recebimento em setembro) é de 30 de julho à 04 de agosto.
Logo, as escolas terão tempo de solicitar n
as Diretorias de Ensino (setor de pagamento) a “alteração dos boletins de freqüência”,
digitados em julho e referente a junho; e enviar as AULAS REPOSTAS na
“Remessa de Inconsistências”.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Acorde



Você gosta de neve mas só quando está quente
Você gosta de chuva mas só quando está seco
Nenhum valor sentimental na rosa que caiu no seu chão
Nenhuma desculpa elementar para a para a garantia
que me foi dada

Porque é fácil não fazer
Tão mais fácil não fazer
E o que vai embora nunca volta pra você

Você gosta de dor, mas apenas se não machucar muito
Você senta...e espera... pra receber
Há uma atração óbvia
Ao caminho de menos resistência em sua vida
Há uma aversão óbvia, nem a minha árdua insistência
poderia fazer você tentar hoje a noitee

Porque é fácil não fazer
Tão mais fácil não fazer
E o que vai embora nunca volta pra você
Pra você, pra você...
Não há mais amor, não há dinheiro, não há sentimento,
não mais

Há um menino apreensivo, desprotegido e trêmulo
Com as mãos na cabeça
Há uma pequena menina subestimada e impaciente
Acenando

Mas é fácil não fazer
Tão mais fácil não fazer
E o que vai embora nunca volta pra você
Pra você, pra você

Levante-se, levante-se, levante-se e caia fora
Levante-se, levante-se, levante-se e caia fora
Saia, saia daqui, já é o bastante
Levante-se, levante-se, levante-se e caia fora
Acorde

Alanis Morissette - Tudo O Que Eu Realmente Quero



Eu estresso você?
Minha blusa está ao contrário e ao avesso e você diz
"Que apropriado"
Eu não quero analisar tudo hoje
Eu não pretendo procurar defeitos em você, você vê,
mas eu não posso evitar
E então eu vou pulando antes do tiro sair
Me bata com uma régua quebrada
E isso me derrubaria no chão se eu já não estivesse nele
Se ao menos eu pudesse caçar o caçador

E tudo o que eu realmente quero é um pouco de paciência
Uma maneira de acalmar a voz furiosa
E tudo o que eu realmente quero é libertação

Eu canso você?
Você deve se perguntar porque eu sou implacável e
totalmente viciada
Estou consumida pelo desânimo da solidão
Eu sou como Estella, eu gosto de enrolar e então falar
Estou frustrada com sua apatia
E eu estou amedrontada com os caminhos corruptos dessa
terra
Se ao menos eu pudesse conhecer o Criador
E eu estou fascinada pelo homem espiritual
Eu estou humilhada pela sua humilhante natureza

O que eu não daria para encontrar uma alma gêmea
Outra pessoa para agüentar essa barra
E o que eu não daria para conhecer um parente

Chega de mim, vamos falar de você por um minuto
Chega de você, vamos falar da vida por um momento
Os conflitos, a loucura e o som das pretensões caindo
por todos os lados
Por todos os lados

Porque você está tão petrificado em silêncio?
Aqui você pode lidar com isto?
Você pensou em suas contas, suas ex, seus prazos?
Ou quando você pensa que vai morrer?
Ou você esperou pela próxima distração?
E tudo o que nós precisamos agora é de comunicação
intelectual
Uma pessoa para cavar o buraco mais fundo
E eu não tenho outra concepção de tempo além de ele
estar voando
Se ao menos eu pudesse matar o assassino

E tudo o que eu realmente quero é um pouco de paz, cara
Um lugar para encontrar uma terra comum
E tudo o que eu realmente quero é uma grande onda
E tudo o que eu realmente quero é um pouco de conforto
Uma maneira de ter minhas mãos desatadas
E tudo o que eu realmente quero é um pouco de justiça

Ironias



Alanis Morissette - Irônico

Um idoso fez noventa e oito anos
Ele ganhou na loteria e morreu no dia seguinte
É uma mosca no seu Chardonnay
É uma absolvição de morte dois minutos mais tarde
Isso não é irônico? Você não acha?

É como chover no dia do seu casamento
É por conta da casa quando você já pagou
É um bom conselho que você simplesmente rejeitou
E quem iria pensar que ele faz sentido?

Sr. Segurança estava com medo de voar
Ele fez suas malas e deu um beijo de adeus em seus filhos
Ele esperou sua maldita vida inteira para pegar aquele vôo
E enquanto o avião caía ele pensou "Bem, isso não é legal?"
E isso não é irônico? Você não acha?

É como chover no dia do seu casamento
É por conta da casa quando você já pagou
É um bom conselho que você simplesmente rejeitou
E quem iria pensar que ele faz sentido?

Bem, a vida tem uma engraçada maneira
De te atrapalhar quando você pensa que está tudo bem e tudo
está dando certo
E a vida tem uma engraçada maneira
De te ajudar quando você pensa que tudo deu errado e tudo
explode na sua cara

Um congestionamento quando você já está atrasado
Um sinal de "Não Fume" na sua pausa para o cigarro
É como dez mil colheres quando tudo o que você precisa é de
uma faca
É conhecer o homem dos meus sonhos e então conhecer sua linda
esposa.
E isso não é irônico? Você não acha?
Um pouco irônico demais... E, sim, eu realmente acho...

É como chover no dia do seu casamento
É por conta da casa quando você já pagou
É um bom conselho que você simplesmente rejeitou
E quem iria pensar que ele faz sentido?

A vida tem uma engraçada maneira de te atrapalhar
A vida tem uma engraçada, engraçada maneira
De te ajudar, te ajudar

Depois de reuniões para dizer que a verdade está lá fora , achei a resposta aqui dentro!!!!

Alanis Morissette - Underneath (tradução)
Alanis Morissette
Olhe para nós, cortando nossos laços nesta cozinha
Olhe para nós, organizando as nossas defesas
Olhe para nós, fazendo guerra em nosso quarto
Olhe para nós, fugindo de nossas conversas

Não há diferença no papel que representamos aqui
E a diferença não aparece como sintomas maiores lá
fora
Então pra que perder tempo escondendo quem somos
Quando nós temos a peça (resposta) fundamental para a
causa bem aqui, nosso alicerce

Olhe para nós, formando nossas panelinhas em caixas
de
areia
Olhe para nós, crianças minúsculas, com nossos
corações fechados
Olhe para nós, ignorando todos os nossos defeitos
Olhe para a ditadura no meu próprio bairro

(Refrão)

Porque desperdicei minha energia a toa
Quando a luz lá fora vem e da raiz
Preste atenção nas origens das razões mais simples
Essa base, quando formada, começa na nossa sala de
estar

Não há diferença no papel que representamos aqui
E a diferença não aparece como sintomas maiores lá
fora
Então pra que perder tempo escondendo quem somos
Quando nos temos a peça (resposta) fundamental para a
causa bem aqui, nosso alicerce

segunda-feira, 28 de julho de 2008

POEMA DO SOMBRA (EM O SIGNO DA CIDADE)




Se perdem gestos,

cartas de amor, malas, parentes.
Se perdem vozes,
cidades, países, amigos.
Romances perdidos,
objetos perdidos, histórias se perdem.
Se perde o que fomos e o que queríamos ser.
Se perde o momento.
Mas não existe perda,
existe movimento.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Fax nº 51 – 16/07/2008

APEOESP presta esclarecimentos à Procuradoria Regional do Trabalho

Em audiência de mediação ocorrida nesta terça-feira, 15, a APEOESP prestou

esclarecimentos à Procuradoria REgional do Trabalho, Núcleo de Dissídio Coletivo,

sobre os encaminhamentos da luta dos professores em defesa de seus direitos

adotados a partir de 04 de julho, data da suspensão da greve.

A APEOESP informou à Procuradora Oksana M. D. Boldo que acatou o acordo

firmado no Tribunal Regional do Trabalho ao propor em assembléia a suspensão

do movimento grevista - porém com a permanência do estado de greve -

mediante o compromisso da Secretaria em abrir processo de negociação.

Também informou que todas as deliberações são aprovadas nas diversas

instâncias do Sindicato: diretoria estadual colegiada, conselho estadual de

representantes e assembléia geral dos professores.

Em 24 de julho próximo, o conselho estadual de representantes se reunirá

para definir os próximos passos da luta, já que até o momento a Secretaria

não abriu processo de negociação sobre a pauta de reivindicações da categoria

que trata da revogação do Decreto 53037; da incorporação de todas as

gratificações; da Lei 1041 (faltas médicas); do cumprimento da data-base;

do reajuste salarial que reponha as perdas; de um novo Plano de Carreira,

entre outros pontos.

Os esclarecimentos fizeram-se necessários para que a Procuradoria possa

encaminhar processo de dissídio coletivo, o que poderá ocorrer nos próximos dias.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Fax nº 50 – 14/07/2008
Procuradoria Regional do Trabalho agenda audiência de mediação
com a APEOESP
Nesta terça-feira, a APEOESP comparecerá em audiência de
mediação convocada pela Procuradoria Regional do Trabalho
no Núcleo de Dissídio Coletivo.
A convocação foi feita logo após o Sindicato ter protocolado
denúncia contra a Secretaria da Educação no Tribunal Regional
do Trabalho pelo não cumprimento do acordo assinado na
audiência de conciliação em 04 de julho, durante a greve da
categoria.
Na ocasião a Secretaria da Educação assinou acordo no qual se
comprometia a pagar os dias parados aos professores que
participaram da greve e abrir negociação sobre os demais
itens da pauta de reivindicação da categoria.
Descumprindo o acordo, a Secretaria publicou comunicado
Diário Oficial anunciando desconto no salário dos docentes e
pagamento mediante a reposição de aulas. Além disso, não
apontou qualquer calendário de negociação.
Diante da ofensiva da S.E.E., além dos encaminhamentos
jurídicos, é imprescindível mantermos o estado de greve e
definirmos conjuntamente os próximos passos do movimento
em defesa dos direitos da categoria. Em 24 de julho, o
Conselho Estadual de Representantes se reunirá
extraordinariamente para apontar as ações imediatas,
entre elas a data da assembléia da categoria. Em nosso
próximo Fax Urgente, informaremos o resultado da audiência
de mediação entre a APEOESP e a Procuradoria Regional do
Trabalho.

terça-feira, 15 de julho de 2008

REPASSANDO...IMPORTANTÍSSIMO!!!!

EM QUEM NÃO VOTAR
ID NOME CARGO PARTIDO ACUSAÇÃO OU CRIME A QUE RESPONDE
1 ABELARDO LUPION Deputado PFL-PR Sonegação Fiscal
2 ADEMIR PRATES Deputado PDT-MG Falsidade Ideológica
3 AELTON FREITAS Senador PL-MG Crime de Responsabilidade e Estelionato
4 AIRTON ROVEDA Deputado PPS-PR Peculato
5 ALBÉRICO FILHO Deputado PMDB-MA Apropriação Indébita
6 ALCESTE ALMEIDA Deputado PTB-RR Peculato e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
7 ALEX CANZIANI Deputado PTB-PR Peculato
8 ALMEIDA DE JESUS Deputado PL-CE Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
9 ALMIR MOURA Deputado PFL-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
10 AMAURI GASQUES Deputado PL-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
11 ANDRÉ ZACHAROW Deputado PMDB-PR Improbidade Administrativa
12 ANÍBAL GOMES Deputado PMDB-CE Improbidade Administrativa
13 ANTERO PAES DE BARROS Senador PSDB-MT Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha
14 ANTÔNIO CARLOS PANNUNZIO Deputado PSDB-SP Crime de
Responsabilidade
15 ANTÔNIO JOAQUIM Deputado PSDB-MA Improbidade Administrativa
16 BENEDITO DE LIRA Deputado PP-AL Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
17 BENEDITO DIAS Deputado PP-AP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
18 BENJAMIN MARANHÃO Deputado PMDB-PB Crime Eleitoral
19 BISPO WANDERVAL Deputado PL-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
20 CABO JÚLIO (JÚLIO CÉSAR GOMES DOS SANTOS) Deputado PMDB-MG Crime Militar, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
21 CARLOS ALBERTO LERÉIA Deputado PSDB-GO Lesão Corporal
22 CELSO RUSSOMANNO Deputado PP-SP Crime Eleitoral, Peculato e Agressão
23 CHICO DA PRINCESA (FRANCISCO OCTÁVIO BECKERT) Deputado PL-PR Crime Eleitoral
24 CIRO NOGUEIRA Deputado PP-PI Crime Contra a Ordem Tributária e Prevaricação
25 CLEONÂNCIO FONSECA Deputado PP-SE Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
26 CLÓVIS FECURY Deputado PFL-MA Crime Contra a Ordem Tributária
27 CORIALANO SALES Deputado PFL-BA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
28 DARCÍSIO PERONDI Deputado PMDB-RS Improbidade Administrativa
29 DAVI ALCOLUMBRE Deputado PFL-AP Corrupção Ativa
30 DILCEU SPERAFICO Deputado PP-PR Apropriação Indébita
31 DOUTOR HELENO Deputado PSC-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
32 EDSON ANDRINO Deputado PMDB-SC Crime de
Responsabilidade
33 EDUARDO AZEREDO Senador PSDB-MG Improbidade Administrativa
34 EDUARDO GOMES Deputado PSDB-TO Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
35 EDUARDO SEABRA Deputado PTB-AP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
36 ELIMAR MÁXIMO DAMASCENO Deputado PRONA-SP Falsidade Ideológica
37 EDIR DE OLIVEIRA Deputado PTB-RS Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
38 EDNA MACEDO Deputado PTB-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
39 ELAINE COSTA Deputada PTB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
40 ELISEU PADILHA Deputado PMDB-RS Corrupção Passiva
41 ENIVALDO RIBEIRO Deputado PP-PB Crime Contra a Ordem Tributária, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
42 ÉRICO RIBEIRO Deputado PP-RS Crime Contra a Ordem Tributária e Apropriação Indébita
43 FERNANDO ESTIMA Deputado PPS-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
44 FERNANDO GONÇALVES Deputado PTB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
45 GARIBALDI ALVES Senador PMDB-RN Crime Eleitoral
46 GIACOBO (FERNANDO LUCIO GIACOBO) Deputado PL-PR Crime Contra a Ordem Tributária e Seqüestro
47 GONZAGA PATRIOTA Deputado PSDB-PE Apropriação Indébita
48 GUILHERME MENEZES Deputado PT-BA Improbidade Administrativa
49 INALDO LEITÃO Deputado PL-PB Crime Contra o Patrimônio, Declaração Falsa de Imposto de Renda
50 INOCÊNCIO DE OLIVEIRA Deputado PMDB-PE Crime de Escravidão
51 IRAPUAN TEIXEIRA Deputado PP-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
52 IRIS SIMÕES Deputado PTB-PR Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
53 ITAMAR SERPA Deputado PSDB-RJ Crime Contra o Consumidor, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
54 ISAÍAS SILVESTRE Deputado PSB-MG Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
55 JACKSON BARRETO Deputado PTB-SE Peculato e Improbidade Administrativa
56 JADER BARBALHO Deputado PMDB-PA Improbidade Administrativa, Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Lavagem de Dinheiro
57 JAIME MARTINS Deputado PL-MG Crime Eleitoral
58 JEFERSON CAMPOS Deputado PTB-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
59 JOÃO BATISTA Deputado PP-SP Falsidade Ideológica, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
60 JOÃO CALDAS Deputado PL-AL Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
61 JOÃO CORREIA Deputado PMDB-AC Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
62 JOÃO HERRMANN NETO Deputado PDT-SP Apropriação Indébita
63 JOÃO MAGNO Deputado PT-MG Lavagem de Dinheiro
64 JOÃO MENDES DE JESUS Deputado PSB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
65 JOÃO PAULO CUNHA Deputado PT-SP Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro e Peculato
66 JOÃO RIBEIRO Senador PL-TO Peculato e Crime de Escravidão
67 JORGE PINHEIRO Deputado PL-DF Crime Ambiental
68 JOSÉ DIVINO Deputado PRB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
69 JOSÉ JANENE Deputado PP-PR Estelionato, Improbidade Administrativa, Lavagem de Dinheiro, Corrupção Passiva, Formação de Quadrilha, Apropriação Indébita e Crime Eleitoral
70 JOSÉ LINHARES Deputado PP-CE Improbidade Administrativa
71 JOSÉ MENTOR Deputado PT-SP Corrupção Passiva
72 JOSÉ MILITÃO Deputado PTB-MG Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
73 JOSÉ PRIANTE Deputado PMDB-PA Crime Contra o Sistema Financeiro
74 JOVAIR ARANTES Deputado PTB-GO Improbidade Administrativa
75 JOVINO CÂNDIDO Deputado PV-SP Improbidade Administrativa
76 JÚLIO CÉSAR Deputado PFL-PI Peculato, Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Falsidade Ideológica
77 JÚLIO LOPES Deputado PP-RJ Falsidade Ideológica
78 JÚNIOR BETÃO Deputado PL-AC Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
79 JUVÊNCIO DA FONSECA Deputado PSDB-MS Improbidade Administrativa
80 LAURA CARNEIRO Deputada PFL-RJ Improbidade Administrativa e Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
81 LEONEL PAVAN Senador PSDB-SC Contratação de Serviços Públicos Sem Licitação e Concussão
82 LIDEU ARAÚJO Deputado PP-SP Crime Eleitoral
83 LINO ROSSI Deputado PP-MT Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
84 LÚCIA VÂNIA Senadora PSDB-GO Peculato
85 LUIZ ANTÔNIO FLEURY Deputado PTB-SP Improbidade Administrativa
86 LUPÉRCIO RAMOS Deputado PMDB-AM Crime de Aborto
87 MÃO SANTA Senador PMDB-PI Improbidade Administrativa
88 MARCELINO FRAGA Deputado PMDB-ES Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
89 MARCELO CRIVELA Senador PRB-RJ Crime Contra o Sistema Financeiro e Falsidade Ideológica
90 MARCELO TEIXEIRA Deputado PSDB-CE Sonegação Fiscal
91 MÁRCIO REINALDO MOREIRA Deputado PP-MG Crime Ambiental
92 MARCOS ABRAMO Deputado PP-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
93 MÁRIO NEGROMONTE Deputado PP-BA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
94 MAURÍCIO RABELO Deputado PL-TO Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
95 NÉLIO DIAS Deputado PP-RN Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
96 NELSON BORNIER Deputado PMDB-RJ Improbidade Administrativa
97 NEUTON LIMA Deputado PTB-SP Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
98 NEY SUASSUNA Senador PMDB-PB Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
99 NILTON CAPIXABA Deputado PTB-RO Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
100 OSMÂNIO PEREIRA Deputado PTB-MG Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
101 OSVALDO REIS Deputado PMDB-TO Apropriação Indébita
102 PASTOR AMARILDO Deputado PSC-TO Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
103 PAULO AFONSO Deputado PMDB-SC Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Improbidade Administrativa
104 PAULO BALTAZAR Deputado PSB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
105 PAULO FEIJÓ Deputado PSDB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
106 PAULO JOSÉ GOUVEIA Deputado PL-RS Porte Ilegal de Arma
107 PAULO LIMA Deputado PMDB-SP Extorsão e Sonegação Fiscal
108 PAULO MAGALHÃES Deputado PFL-BA Lesão Corporal
109 PEDRO HENRY Deputado PP-MT Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Corrupção Passiva, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
110 PROFESSOR IRAPUAN Deputado PP-SP Crime Eleitoral
111 PROFESSOR LUIZINHO Deputado PT-SP Lavagem de Dinheiro
112 RAIMUNDO SANTOS Deputado PL-PA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
113 REGINALDO GERMANO Deputado PP-BA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
114 REINALDO BETÃO Deputado PL-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
115 REINALDO GRIPP Deputado PL-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
116 REMI TRINTA Deputado PL-MA Estelionato e Crime Ambiental
117 RIBAMAR ALVES Deputado PSB-MA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
118 RICARDO BARROS Deputado PP-PR Sonegação Fiscal
119 RICARTE DE FREITAS Deputado PTB-MT Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
120 RODOLFO TOURINHO Senador PFL-BA Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira
121 ROMERO JUCÁ Senador PMDB-RR Improbidade Administrativa
122 ROMEU QUEIROZ Deputado PTB-MG Corrupção Ativa, Corrupção Passiva e Lavagem de Dinheiro
123 RONALDO DIMAS Deputado PSDB-TO Crime Eleitoral
124 SANDRO MABEL Deputado PL-GO Crime Contra a Ordem Tributária
125 SUELY CAMPOS Deputada PP-RR Crime Eleitoral
126 TATICO (JOSÉ FUSCALDI CESÍLIO) Deputado PTB-DF Crime Contra a Ordem Tributária, Declaração Falsa de Imposto de Renda e Sonegação
Fiscal
127 TETÉ BEZERRA Deputado PMDB-MT Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
128 THELMA DE OLIVEIRA Deputada PSDB-MT Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha
129 VADÃO GOMES Deputado PP-SP Improbidade Administrativa e Crime Contra a Ordem Tributária
130 VALDIR RAUPP Senador PMDB-RO Peculato, Uso de Documento Falso, Crime Contra o Sistema Financeiro, Crime Eleitoral e Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira
131 VALMIR AMARAL Senador PTB-DF Apropriação Indébita
132 VANDERLEI ASSIS Deputado PP-SP Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
133 VIEIRA REIS Deputado PRB-RJ Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
134 VITTORIO MEDIOLI Deputado PV-MG Sonegação Fiscal
135 WANDERVAL SANTOS Deputada PL-SP Corrupção Passiva
136 WELLINGTON FAGUNDES Deputada PL-MT Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
137 ZÉ GERARDO Deputado PMDB-CE Crime de
Responsabilidade
138 ZELINDA NOVAES Deputada PFL-BA Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
139 Ângela Guadagnin Deputada PT-SP Dançarina do Plenário da Câmara, comemorando absolvição de corrupto
140 Antônio Palocci Ex-Ministro PT-SP Quebra de Sigilo
Bancário
141 Carlos Rodrigues Ex-Deputado PL-RJ Bispo Rodrigues
142 Delúbio Soares Tesoureiro PT-GO Ex Tesoureiro do PT
143 José Dirceu Ex-Deputado PT-SP Mensalão
144 José Genoíno Ex-Deputado PT-SP Mensalão, Dólares na Cueca
145 José Nobre Guimarães DeputadoEst. PT-CE Dólares na Cueca (Agora Candidato a Dep. Federal)
146 Josias Gomes Deputado PT-BA Mensalão, CPI dos Correios
147 Luiz Gushiken Ex-Ministro PT-SP CPI dos Correios
148 Paulo Salim Maluf Ex PPB-SP Corrupção, Falcatruas, Improbidade Administrativa, Desvio de Dinheiro Público, Lavagem de dinheiro
149 Paulo Pimenta Deputado PT-RS Compra de Votos, Mensalão, CPI Correios
150 Pedro Corrêa Ex-Deputado PP-PE Cassado em associação ao Escândalo do Mensalão, Compra de Votos
151 Roberto Brant Deputado PFL-MG Crime Eleitoral, Mensalão, CPI Correios
152 Roberto Jefferson Ex-Deputado PTB-RJ Mensalão
153 Severino Cavalcanti Ex-Deputado PP-PE Escândalo do Mensalinho (Renuncio para evitar a cassação)
154 Silvio Pereira SecretárioPT PT Mensalão
155 Valdemar Costa Neto Exc-Deputado PL-SP Mensalão (renunciou para evitar a cassação)

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Fax denuncia S.E.E. ao APEOESP Tribunal Regional do Trabalho nº 49 – 10/07/2008

Sexta-feira, 11, a APEOESP entrará com denúncia contra a
Secretaria da Educação no Tribunal Regional do Trabalho.
A ação se deve ao descumprimento da S.E.E. ao acordo assinado
durante audiência de conciliação ocorrida em 04 de julho
quando ficou determinado que haveria o pagamento aos
professores que participaram da greve e a posterior
das aulas. Em Comunicado publicado no Diário Oficial, o governo
informou que descontará os dias do período de greve e o
pagamento só se dará mediante reposição das aulas. Esta é
ação punitiva adotada pelo governo contra os docentes que
ousaram lutar pelos seus direitos. A APEOESP defende o
pagamento integral dos dias parados, a instituição de um
calendário de reposição, debatido pelo Conselho de Escola,
e o desconto das aulas que não forem repostas.
INTENSIFICAR A LUTA
Segundo determinação do TRT, o governo tinha até às 18 horas
desta quinta-feira, 10 para apresentar um calendário de
negociação sobre todos os itens da pauta. Mais uma vez,
a S.E.E. não cumpriu a determinação. O governo não
apresentou qualquer proposta de negociação sobre os itens,
entre eles a a revogação do Decreto e o não desconto
dos dias parados.
Após cobrança da APEOESP, houve apenas retorno do
Departamento de Recursos Humanos (DRHU) informando
que efetuará o pagamento das reposições da seguinte forma:
as aulas dadas em julho serão lançadas em agosto para
pagamento no 5º dia útil de setembro, e assim sucessivamente.
Anteriormente, a Secretaria propunha pagar as aulas somente
após passados dois meses da reposição.
Diante desta ofensiva, o Sindicato solicitará ao TRT que institua
dissídio coletivo, obrigando o governo a atender a pauta de
reivindicações dos professores. Além disso a APEOESP está
conclamando a categoria a intensificar a luta. A Diretoria Estadual
Colegiada deliberou pela convocação do Conselho Estadual de Representantes, extraordinariamente, para o próximo dia 24 de julho quando
serão definidas novas ações e a data da próxima assembléia em
defesa dos direitos da categoria.
Durante este período, os professores devem manter o estado
de greve e denunciar a forma desrespeitosa como o governo
José Serra trata a categoria e os alunos. Nossa luta objetiva
a melhoria do processo de ensino-aprendizagem e da qualidade
da escola pública com valorização a toda a categoria.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O VÔO DAS BORBOLETAS por Renato Lauermann


Greve causa desconforto e sofrimentos, mas é um

legítimo instrumento reivindicatório em uma democracia.


Greves permitem observar o que há de melhor e de pior

nos seres humanos.
O melhor é a solidariedade, a união, a organização e a

capacidade de superar possíveis resultados inesperados.
O pior é o egoísmo e o oportunismo que se manifesta nos

que ´furam´ a greve, mas querem se beneficiar dos

resultados positivos, quando alcançados.
Por isso, eu aponto um único lado negativo nas greves:

por beneficiar indistintamente aos que corajosamente

evoluem para borboletas e aos que covardemente,

aceitam a condição de lagarta.
A lei deveria mudar, garantindo que as conquistas dos

grevistas fossem apenas deles. Os demais receberiam

apenas o que os patrões oferecem e que de bom grado

eles aceitam, pois se assim não fosse, eles também se

rebelariam.
É assim nas greves de professores, bancários, policiais

ou qualquer categoria profissional em que uma parcela

deles não sabe a diferença entre existir e viver.
Exalto a coragem dos que arriscam. Deploro a vileza dos

que fazem da acomodação uma maneira de auferir lucros

indevidos.
Aos que ganham asas, a certeza de que vistas do alto,

as lagartas são ainda menores do que parecem.


Resposta a Secretária de Educação de SP Parabéns para essa supervisora!!!


Vocês que já são Professores ou que estão se preparando

para tal...Leiam com muita atenção esse desabafo de uma

Supervisora de Ensino Público...
Assunto: Resposta a Secretária de Educação de SP
Olá. ´Todos contra esse modelo de educação em SP´.
Analisando afirmações da Secretária
Senhora Secretária,
Quero aqui expressar, com todo o respeito, a opinião de

uma profissional que pensa que a educação pública de

boa qualidade é fundamental para o desenvolvimento

do país e que, por isto mesmo, tem orgulho de pertencer

ao Quadro do Magistério Estadual Paulista. Tenho
15 anos de trabalho na Escola Pública de São Paulo,

11 dos quais em sala de aula e os últimos 04 na

Supervisão de Ensino. Tenho lido com muita apreensão

algumas matérias que saem nos jornais e na Revista

´Veja´ que, a meu ver, têm colocado a maior parte da

responsabilidade dos males da educação nos professores

e gestores escolares, sem, contudo, fazer uma reflexão

mais profunda sobre esta situação.
Concordo que há um número grande de professores sem

condição para assumir uma sala de aula. Mas há que se

perguntar: por que isto acontece? Se a justificativa do

fracasso da educação está neste fato, por que aceitar

professores tão mal formados? É triste pensar que

boa parte dos professores é formada em cursos que

não preenchem os mínimos requisitos para formar

bons professores. Não posso deixar de pensar que isto

parece uma política muito bem pensada. Professores

mal formados formam mal seus alunos e, por isto mesmo,

não têm o direito de receber salários dignos de um bom

profissional. Os bons profissionais acabam abandonando

a carreira pois não são valorizados tanto financeiramente,

como do ponto de vista social. Nem o Estado, nem a

sociedade respeitam estes profissionais. E como resgatar

o respeito perdido perante a sociedade, se toda campanha

que o governo e a mídia em geral fazem por uma educação

de qualidade, é uma campanha contra os professores,

sempre apontados como os grandes culpados pela situação

da escola pública?No entanto, quando alguns de nós

afirmamos que é preciso fiscalizar, com mais firmeza,

os cursos para que passem a formar professores competentes,

lá vem aquela ´baboseira ideológica´ (me desculpe por

emprestar sua expressão) de que somos um bando de

castristas autoritários.Ninguém reclama quando a

vigilância sanitária fecha um estabe-lecimento que não

segue as mínimas regras – afinal é uma questão de saúde

pública. Mas quando falamos da necessidade de fiscalizar

as instituições de ensino superior e tomar atitudes firmes

contra aquelas que formam mal, é uma gritaria geral.Em

uma entrevista à ´Veja´ a senhora afirma que ´num mundo ideal´

fecharia as faculdades de pedagogia porque seus cursos são ´exclusivamente teóricos, sem nenhuma conexão com as

escolas públicas e suas reais demandas´ (Veja, 13/02/2008)..

Na verdade, senhora secretária, uma boa parte dos cursos são

vagos mesmo e os alunos não tem aulas de tipo algum, sejam

teóricas, sejam práticas.Penso que qualquer reforma no ensino

básico será infrutífera se não acompanhada de uma reforma

profunda nos cursos que formam professores.Outra questão

reside nas condições de trabalho. Muito tem se falado no

exemplo finlandês, especialmente em matérias da ´Veja´.

Convenhamos, nenhuma delas explica muito bem a situação

dos professores finlandeses, tão citados como exemplares.

Matéria do ´Washington
Post´, disponível na Internet

(washingtonpost.com, acesso em fevereiro de 2007)e intitulada

´Focus on Schools Helps Finns Build a Showcase Nation´,

nos fornece dados que possibilitam ver as diferenças entre

as condições de trabalho dos professores daqui e da Finlândia.

Neste
país, a profissão é valorizada, os professores são respeitados

pela sociedade e se orgulham de sua profissão. Quase todos

são mestres, no mínimo. Será que se formam em cursos vagos,

de fim de semana? Cursos reconhecidos pelo Governo e que

cresceram exponencialmente a partir dos anos 90? Aqui em

São Paulo, até mesmo o programa ´Bolsa Mestrado´ foi suspenso

pelo governador José Serra.
Na Finlândia, os professores não são horistas; são contratados

para trabalhar em uma única escola; têm dedicação exclusiva,

tendo tempo para desenvolver projetos que favoreçam a aprendizagem.Enfim, são professores-pesquisadores, com

condições para tal. Aqui, senhora
secretária, professor da escola pública é horista e dá até

vergonha de dizer quanto vale a hora / aula de um professor.

Para compor o salário os OFAs se deslocam de uma escola

para outra para completar a carga horária. Muitos efetivos de cargo,

para aumentar a renda, acabam acumulando cargo no próprio

Estado ou no Município.Isto sem falar naqueles que também

atuam em escolas particulares. Em relação a esta questão,

outra matéria ´vejiana´ afirma que salário não tem relação

com qualidade de ensino. Citando a Finlândia, afirma que lá

os professores ganham quase o mesmo que a média do

salário nacional, enquanto os professores daqui ganham

cerca de 50% a mais.Ora, eu gostaria de ganhar um

salário igual ao da média nacional, desde que a nossa

média nacional fosse igual à da Finlândia. Como os professores

de lá, com certeza eu não reclamaria. Como diversos

estudos mostram, números são interpretados em função de

nossas intenções e visões de mundo. Como educadora e com

uma visão diferente da ´vejiana´, penso que devemos lutar

por um futuro em que a média dos salários daqui possa se

comparar à de países que oferecem uma vida mais digna

aos seus cidadãos. Aliás, é interessante observar que

matéria da própria ´Veja´ (Veja São Paulo, de 16/04/2008),

mostra que salário tem sim relação com a qualidade de ensino.

A matéria nos informa que a média dos salários dos

professores das 10 melhores escolas no ENEM 2007 é

de R$ 6.000,00. Há professores que recebem mais de

R$ 9.000,00. São professores bem formados, valorizados e

com dedicação exclusiva.

Sei das dificuldades de se arcar com custos de salários tão altos
para os professores das escolas públicas, mas dizer que
ganhamos bem e que reclamamos à toa beira é brincadeira
de mau gosto, para não dizer que parece um discurso ensaiado
e de má fé. Voltando à Finlândia, lá o sistema é ´rich in staff´,
como é afirmado na matéria do ´Washington Post´.
Há funcionários, psicólogos e especialistas em crianças com
necessidades especiais. Já aqui... Lá o sistema seleciona os
melhores professores, pois os valoriza. Aqui o sistema contrata
professores mal formados exatamente porque não os valoriza.
Só quando os professores forem profissionais bem formados,
receberem salários dignos de sua profissão e forem respeitados
enquanto profissionais é que o Estado terá condições de exigir
resultados. Aí sim poderá avaliar e até mesmo criar mecanismos
para excluir aqueles professores que não tenham compromisso
em sua profissão, tal como na Finlândia ou nas escolas
particulares. Do contrário, as avaliações só continuarão a
mostrar o fracasso do sistema.
Penso ser urgente pensar nestas questões, pois não adianta
cobrar melhora nos resultados de aprendizagem se não há um
sistema de contratação de profissionais bem formados, sejam
professores, sejam gestores. Concordo que o problema da má
qualidade de ensino não se resolverá apenas com aumento de
salário dos professores. Mas os profissionais da educação pública
precisam ter seus salários revistos.
Repito: sei das dificuldades de o Estado arcar com uma folha de
pagamento alta como das escolas particulares, mas nosso salário
está vergonhoso e não acredito que o governo do Estado mais
rico da federação não poderia oferecer um pouco mais.
Há também outros problemas que precisam ser enfrentados,
de fato. Acho no mínimo preocupante quando a senhora afirma,
em uma das reportagens (Folha de São Paulo, 25/02/2008),
quando questionada sobre as ´falhas dos governos tucanos´
(Covas, Alckmin), que prefere dizer que os problemas atuais
são estruturais. Não são falhas de um governo que
está aí há anos, não é questão de incompetência. São questões
estruturais. No entanto, quando dizemos que muitos dos problemas
da escola pública são estruturais (salários baixos, lotação, prédios horrorosos, lousas caindo aos pedaços, falta de laboratórios, violência, indisciplina, etc.) ouvimos que isto é reclamação sem fundamento;
que é só saber bem o conteúdo e boas técnicas didático-metodológicas
que tudo se resolveria (isto fica bem claro quando lemos o
´Caderno do Gestor´ que acompanha a nova ´Proposta Curricular´).
Mas quando questionada em uma das reportagens sobre as
condições das escolas, a senhora diz que o governo faz o que pode,
manda verbas, mas à noite a escola é invadida e roubam os fios.
Isto não é contraditório? O governo tem desculpas, não é sua culpa,
é da estrutura e dos vândalos que invadem a escola. Agora, quando
um professor tem que enfrentar uma classe lotada, sem a mínima
estrutura, ele tem que se virar. Não tem desculpas... Em outras
palavras: todas as falhas dos governos passados não são falhas ou
questão de incompetência, são problemas de estrutura. Mas quando
os professores dizem que a estrutura atual do sistema de ensino
contribui muito para o fracasso escolar, o governo diz que isto é
desculpa, que é ´baboseira ideológica´, e que basta ser competente
e saber o conteúdo que tudo se resolverá.
Voltando à tão citada Finlândia, fica claro que lá os professores são competentes, como se afirma, porque bem formados, valorizados e
com condições estruturais bem melhores que as que temos no
Estado de São Paulo. Portanto, falar em qualidade em salas lotadas,
sem condições estruturais satisfatórias e sem professores bem
formados (bem diferente do tão falado sistema finlandês), é falar
para ´inglês ouvir´.
Em suma, uma educação de qualidade reside no tripé salários
dignos, condições de trabalho e compromisso profissional. Só
quando o Estado pagar salários dignos e fornecer condições para
os professores e gestores desenvolverem seu trabalho, poderá
selecionar os melhores e
até mesmo criar formas de excluir aqueles que não tenham
compromisso.
Em tempo, senhora secretária: fiz mestrado e doutorado e não
ganho o salário que estão dizendo por aí que eu ganho. Muitos
de meus colegas me perguntam por que ainda estou na educação
pública ganhando um salário tão baixo que não condiz com a
minha formação. Respondo que escolhi isto por acreditar que
estou exercendo uma profissão chave para um país que deseja
um futuro mais digno; que ainda acredito na educação e que, sim,
tenho um compromisso ideológico com a escola pública. Mas a
seguir sua visão e a visão ´vejiana´ de educação, senhora secretária
, isto deve ser mais uma das minhas ´baboseiras ideológicas´.
Profª Drª Clarete Paranhos da Silva
Supervisora de Ensino – Campinas Oeste

Fax nº 48 – 08/07/2008

MAIS UMA VEZ, S.E.E. DESRESPEITA NEGOCIAÇÃO

Em reunião realizada nesta terça-feira, 08, conforme determinação da audiência de conciliação realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho, a APEOESP exigiu da Secretaria da Educação o pagamento integral dos dias parados no período da greve e a garantia da reposição das aulas pelos professores que participaram do movimento.
Durante a reunião, a APEOESP rechaçou a proposta da S.E.E. em relação ao desconto dos dias parados e a não reposição das aulas dadas por eventuais. A presidenta da APEOESP propôs novas formulações para estes itens. Inicialmente, a Secretaria se comprometeu a analisar as propostas do Sindicato e agendar nova reunião para a próxima quinta-feira.

Meia hora após o término da reunião, a Secretaria da Educação divulgou nota aos órgãos de imprensa informando que já descontará os dias de greve nos meses de agosto e setembro. A APEOESP defende o pagamento dos dias, a reposição e o desconto das aulas não repostas.

Diante da ação da S.E., a APEOESP protocolará denúncia no Tribunal Regional do Trabalho e vai conclamar a categoria a continuar a luta em defesa de seus direitos.
Cabe reforçar que os representantes da Secretaria assinaram o compromisso diante do TRT de prosseguir nas negociações sobre os demais pontos da pauta, entre eles o Decreto 53037.

domingo, 6 de julho de 2008

Fax nº 47 – 04/07/2008

Cerca de 20 mil professores aprovam a manutenção do estado de greve

Reunidos em assembléia na Praça da República, em frente ao prédio da

Secretaria da Educação, cerca de 20 mil professores aprovaram a suspensão

da greve e manutenção da mobilização em defesa dos direitos da categoria.

Todos os presentes foram unânimes em considerar o movimento grevista

uma grande demonstração de força e organização da categoria na defesa

de seus direitos e da qualidade da escola pública. A greve obrigou o governo

estadual a comparecer em audiência de negociação instaurada pelo

Tribunal Regional do Trabalho. Além disso, obrigou-o também a apresentar

propostas referentes às reivindicações da categoria. Até a decretação do

movimento, o governo e a secretaria ignoravam a pauta dos professores.

Audiência no Tribunal Regional do Trabalho

A greve dos professores é um direito legítimo garantido pela Constituição

Federal. A legitimidade garantiu a abertura de negociação perante o Tribunal

Regional do Trabalho. A primeira audiência ocorreu nesta sexta-feira, 04,

às 15 horas, com a presença da APEOESP e representantes da

Secretaria da Educação.

Durante a audiência, ficou acertado em termo, assinado por ambas as

partes, que os professores poderiam suspender a greve, desde que o governo

pagasse os dias parados, instituísse um calendário de reposição e abrisse

um processo de negociação sobre a questão salarial, o cumprimento da

data-base, a revogação do Decreto 53037 e da Lei 1041, e os demais

itens da pauta.

Diante desta possibilidade, os professores, em assembléia, aprovaram

a suspensão do movimento e a manutenção do estado de greve. Caso

o governo não cumpra a sua parte, conforme determinação do TRT,

desrespeitando o processo de negociação, os professores voltarão à greve.

Conforme trecho contido no termo de audiência, “(...) a Procuradoria Geral

do Estado se comprometeu a encaminhar ao governador do Estado de São Paulo

a proposta da Apeoesp, até o dia 08/07/2008, devendo comunicar a

entidade até o dia 10/07/2008.

Representantes da Apeoesp afirmaram, ainda, que se o prazo acordado

não for cumprido, a greve será retomada.

Diante do Vice-Presidente Judicial Regimental Desembargador Carlos Francisco

Berardo, que conduziu a audiência, as partes reafirmaram seu compromisso

de prosseguir as negociações sobre os demais temas em pauta.”Além disso,

o descumprimento por parte do governo levará ao acionamento do TRT para

o julgamento do dissídio coletivo.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Endereço:

R. da Consolação, 1272 - Consolação, São Paulo - SP, 01302-001
Link:


Exibir mapa ampliado

Hoje !!! Audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho 2ª região às 14:30hs

Fax nº 46 – 03/07/2008

Tribunal Regional do Trabalho agenda audiência de conciliação sobre a greve

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região agendou audiência de conciliação sobre a greve dos professores para esta sexta-feira, 04 de julho, às 14h30.

A audiência deverá tratar das questões elencadas pela APEOESP em documento protocolado na terça-feira no Ministério Público do Trabalho. O documento relacionou as reivindicações dos professores e o porquê da categoria ter paralisado suas atividades desde 13 de junho.

Além disso, a APEOESP também relacionou entre as reivindicações, o pagamento integral e a reposição dos dias parados referentes ao período da greve.
O TRT também intimou a Secretaria da Educação a comparecer na audiência.

Greve continua!

A iniciativa do Ministério Público do Trabalho em encaminhar o dissídio coletivo dos professores demonstra a importância e a representativa de nosso movimento. Para garantirmos mais conquistas, é imperativo definirmos as próximas ações na assembléia estadual que será realizada amanhã. Portanto, a ampliação do movimento e a participação de todos na assembléia são de suma importância para barrarmos os ataques da Secretaria da Educação.

Nesta quinta-feira, os professores realizam assembléias regionais. Amanhã, todos à assembléia no vão livre do Masp para definição dos rumos do movimento.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

LEITURAS DE VEJA.... Por Gabriel Perissé em 19/2/2008


O professorado e a "baboseira ideológica"


A edição nº 2047 (de 13/2/2008) da revista Veja dedicou um

espaço considerável ao tema da educação nacional. A entrevista

com a secretária estadual de Educação em São Paulo, Maria

Helena Guimarães de Castro, e os artigos dos economistas

Claudio deMoura Castro e Gustavo Ioschpe compõem uma

espécie de concepção "vejiana" da educação.


A secretária Maria Helena enfatiza que um dos maiores

problemas da deplorável situação da educação em

São Paulo (leia-se, por exemplo, matéria da Folha,

publicada faz um ano) é o insatisfatório

nível profissional dos professores. Os professores

seriam incapazesde dar boas aulas. Quando a jornalista

Monica Weinberg lhe pergunta qual o caminho para

melhorar esse nível, a resposta da secretária é, digamos,

corajosa: "Num mundo ideal, eu fecharia

todas as faculdades de pedagogia do país, até mesmo as mais

conceituadas, como a da USP e a da Unicamp, e recomeçaria

tudo do zero." Essas faculdades apenas perpetuariam

"baboseira ideológica".


Maria Helena é socióloga, mestre em Ciência Política pela Unicamp

e, segundo informações oficiais, está concluindo doutorado na

USP em Ciências Sociais. Sua crítica, portanto, é de quem se

sente apta a julgar como totalmente ineficazes os professores

que ao longo das últimas décadas deram o tom da formação

pedagógica brasileira. Pensemos nas aulas, conferências e

escritos de Dermeval Saviani (Unicamp) e

Antonio Joaquim Severino (USP), para mencionar,

entre tantos outros, dois acadêmicos de prestígio.


O modelo da gincana


Seriam os doutores em pedagogia os principais responsáveis

por fomentar vários mitos que atrapalham a educação pública.

Para Maria Helena, é um mito afirmar que o aumento salarial

dos professores ou um plano de carreira influenciariam a

melhoria do ensino. Na sua opinião, dinheiro

(para falar curto e grosso) não resolve. A menos que esteja

vinculado a uma "política de reconhecimento do mérito".


Por isso, a secretária pretende pagar bônus a todos os que,

numa escola – funcionários, professores e diretor – "levarem"

os alunos a alcançar determinadas metas de bom desempenho.

Os bônus poderão chegar a três salários por ano.


Imagina Maria Helena que os professores, motivados pela

perspectiva de um prêmio pecuniário, insuflados pela súbita

adoção da meritocracia (como se esta existisse no plano

político...), realizarão o milagre de transformar a realidade

educacional. Essametodologia do burro atrás da cenoura

sussurra aos ouvidos do professor:

"Quer mais dinheiro? Então trabalhe mais!" Não leva

em conta os problemas reais que tornam a boa vontade e

o esforço do docente, por maiores que sejam, fonte de

mais estresse. Contudo, e vai aqui simplória sugestão

— uma vez que os bônus estarão

condicionados ao desempenho dos alunos, por que

não prometer também aos estudantes uma

participação? Uns 5% poderiam

incentivá-los a colaborar com essa escola de resultados!

A idéia simplista de que a repetência, o abandono escolar

(vale a pena ler matéria do Correio Braziliense), o

desinteresse crônico, a indisciplina, o fraco rendimento etc.

devem-se sobretudo à falta de bons "dadores de aula"

demonstra que o estilo "PSDB"

de governar não tem condições de analisar a realidade

educacional e oferecer soluções melhores do que o

modelo da gincana. Quem correr mais, quem tiver sorte

e/ou for mais criativo, atinge os

objetivos, ganha pontos e arrebata o prêmio.


Formação humanística


Não poucos alunos enfrentam problemas fora da

escola (famílias desestruturadas, ambiente social adverso,

falta de valores, de referências, carências alimentares e de

saúde) e esses problemas geram novas e complexas

dificuldades na sala de aula,

associadas a outros mil problemas que independem

de uma boa

aula. Aliás, impedem a boa aula que o bom professor

porventura

preparou. Como poderá a cenoura bonificadora fazer

professores e diretores deterem o tráfico de drogas

que invade as escolas,

consertarem móveis quebrados, reformarem os banheiros,

transformarem salas sem ventilação em paraísos didáticos,

evitarem a violência entre os alunos?

Há professores despreparados? Há. Escolheram o magistério

por idealismo (acreditaram na pedagogia do amor à la

Gabriel Chalita, ex-secretário da Educação no tempo de

Geraldo Alckmin) ou por falta de alternativas. São

sobreviventes de um ensino básico sofrível, de um ensino

médio deficiente, falta-lhes até mesmo estrutura física e

emocional para dar conta da sobrecarga de classes, expediente

necessário na luta por somar salários.

Há professores que faltam muito? Sim. Os que faltam,

não raro, fogem das condições de trabalho:

indisciplina incontrolável,

humilhações e arbitrariedades que usurpam sua

autonomia,falta de recursos materiais, falta de

tempo ede saúde por excessode atividades.

Lembrando que a maioria feminina

entre os docentes

põe em jogo outra questão para além da sala de aula.

São as mulheres que, professoras com 30 a 40 horas/aula

por semana, estão sobrecarregadas também pelas

tarefas domésticas.


E não só isso. Educar, ensinar, é tão ou mais

exigente do queoutras exigentes profissões.

Requer a prática da comunicação,

o dom da invenção, a capacidade de avaliar (intuitiva e

objetivamente) o comportamento humano (de crianças e

adolescentes!), forte autonomia profissional, virtudes que só se

desenvolvem com formação humanística prévia

e auto-aprendizagem

contínua. Estas, por sua vez, implicam leitura, reflexão, acesso

à cultura no sentido amplo, apoio profissional (bons cursos,

boas oficinas, orientação didática, ajuda psicológica) e

tranqüilidade econômica.


Salário não é tudo, mas...


Como uma espécie de comprovação das opiniões da secretária,

Claudio de Moura Castro escreve na mesma edição da Veja

um artigo igualmente curto e grosso: "Salário de professor".

Baseado em que, segundo as sempre infalíveis estatísticas,

os docentes brasileiros possuem remuneração compatível com

a realidade empregatícia nacional, o articulista conclui que os

sistemas públicos se tornariam mais eficazes se "conseguissem c

riar um ambiente mais positivo e estimulante". O exemplo estaria

nas escolas privadas, em que os professores, com "níveis salariais

parecidos", estão contentes.

O mais estimulante seria então a tal cenoura tentadora do

bônus? Moura Castro não afirma nem nega.

Menciona outrotema: o da gestão.

"Como a escola tem a cara do diretor", dependeria

então desse gerente do ensino, digamos assim,

valorizar os professores,

motivá-los, com bônus ou sem bônus. Mas se,

na prática, os diretores

são indicados pelo clientelismo dos governos locais ou,

medianteconcurso, estão politicamente compromissados

de modo mais oumenos velado com estes mesmos

governos, a escola desse diretordificilmente terá a cara

dos professores nem dos alunos que lá estão.

A propósito, recomendo que economistas e sociólogos

que se autoproclamam especialistas em educação

leiam outro uspiano(antes de se fecharem as faculdades

de Educação): o pesquisadorVitor Henrique Paro,

sobre a eleição de diretores em escola pública

como experiência democrática de grande valor.

Nenhuma palavra da secretária e do articulista

sobre a iniciativado governo federal de estipular

o salário mínimo dos professores

em 850 reais, o que significará um aumento de quase 50%.

Não concordam eles com o ministro Fernando Haddad?

Salário,concordo eu com eles, não é tudo, mas,

sem cuidar dos salários,

tornando-os, inclusive, atrativos para melhores profissionais,

o governo poderá jogar no sistema o dinheiro que bem quiser

(contratar consultorias, investir em computadores, instalar

câmeras para monitorar os alunos etc.), mas os

problemas continuarãoa se perpetuar.


Finlândia, o paradigma


O terceiro capítulo educacional dessa edição da Veja é assinado

porGustavo Ioschpe: "Pelo direito à ruindade". Gustavo

critica o MECpela iniciativa, que considera "antiliberal",

de averiguar melhor aqualidade do ensino superior

(em particular as faculdades de direitoe pedagogia),

sob pena de fazer reduzir a oferta de vagas ou mesmo

fechar o curso. Ora, não dissera a secretária de Educação

que, sefosse possível, fecharia todas as faculdades de

pedagogia, mesmoas que têm a melhor avaliação?

Não são essas faculdades que

prejudicam a escola, transmitindo baboseiras ideológicas em

lugar de ensinar os professores a serem professores?

A contradição é só aparente. No momento em que as faculdades

de pedagogia estivessem todas fechadas, sobretudo as públicas,

mais críticas, menos dóceis ao mando, tudo recomeçaria do zero.

Ou ficaria tudo na estaca zero. Quem quisesse abrir fábricas

de diplomas pedagógicos teria amplo direito de fazê-lo, sem

maiores impedimentos ou muitas cobranças, como em outros

tempos, e os professores formados nessas faculdades teriam

o dever de superar sua posterior "ruindade", rezando pela

cartilha da "pedagogia do bônus".

Estaria assim o mercado controlando as coisas ao seu modo:

o famoso "salve-se quem puder".

Mas o espírito "vejiano" continua a dar lições sobre a arte de

lecionar... Na edição desta semana (nº 2048, de 20/2/2008),

a revista Veja publica a matéria "A melhor escola do mundo".

Thomas Favoro, diretamente da Finlândia (país com

características idênticas às do Brasil), revela o que podemos

aprender em termos educacionais.


No quesito "salário", os professores finlandeses, infinitamente

melhores do que nós, recebem cerca de 2.500 dólares/mês;

nós embolsamos algo em torno de mil dólares/mês. Esclarece

a matéria, em letras minúsculas, que se trata de professores

do ensino fundamental com 15 anos de experiência.

Segundo o texto, e deve ser verdade, 100% dos professores

finlandeses possuem o mestrado. Já no Brasil, somente 2%.

Mas se depender da gestão do governador José Serra, essa

disparidade continuará. Em meados do mês de janeiro de

2008, suspendeu-se o programa "Bolsa Mestrado" para os

professores estaduais. O intuito deve ser viabilizar o tal

bônus que aí vem!