Fax nº 44 – 27/06/2008
Professores dão aula de mobilização e decretam: GREVE CONTINUA!
Cerca de 60 mil professores participaram da assembléia realizada no
vão livre do Masp e decretaram: a GREVE CONTINUA!
Os professores repudiaram os “ajustes” no Decreto 53037/08
propostos pela Secretaria da Educação e exigem a revogação
do mesmo. Além disso, reivindicam reajuste salarial que reponha
as perdas acumuladas desde 1998; garantia de emprego a todos
os docentes; melhorias nas condições de trabalho para a garantia
de um processo de ensino-aprendizagem com qualidade, entre
outros itens.
Mais uma vez, a categoria deu nota zero ao governo estadual
pelos ataques à escola pública, pelo desrespeito contra alunos e
professores e pelo autoritarismo adotado pela Secretária
Maria Helena Guimarães de Castro.
Após a assembléia, os professores realizaram uma grande
passeata até a sede da Secretaria da Educação denunciando
à população os ataques contra a escola pública e esclarecendo
o porquê da greve da categoria.
A próxima assembléia será realizada no dia 04, às 14 horas,
na avenida Paulista, cenário ideal para dar visibilidade ao
legítimo movimento da categoria em defesa da escola pública
de qualidade para toda a população. Na quinta-feira, 03, as
subsedes devem realizar atos regionais.
Ministério Público do Trabalho reconhece justeza da greve
“...Com a ausência da Secretária, pode-se intuir a intenção de
não responder a qualquer tentativa de entendimento”. Com esta
declaração, a Procuradoria Regional do Trabalho, após audiência
de mediação ignorada pela secretária, encerra sua ata
afirmando que instaurará instância para garantir
dissídio coletivo.
A ação do Ministério Público do Trabalho demonstra a justeza
de nossa greve e a intransigência por parte da S.E. Além disso,
após denúncia da APEOESP da ilegalidade no ato de contratação
de eventuais para cobrir as aulas dos professores em greve,
o Ministério solicitou relação de escolas com estes casos que
servirá de embasamento para a instauração de instância.
As subsedes devem enviar a relação (nome da escola,
nº de eventuais e se há casos em que estão lecionando
disciplinas diferentes de sua formação)
para o fax (11) 3350.6123, até 30 de junho.
É imperativo, diante deste novo fato, que os representantes da
APEOESP reforcem as visitas às escolas, apresentem as
argumentações do MPT buscando ampliar o movimento
grevista até a conquista da vitória.
A instauração de dissídio, forçando o governo a atender as
reivindicações, demonstra da greve em defesa da escola
pública e dos direitos dos professores e alunos.
O Centro do Professorado Paulista e a Afuse (Sindicato dos
Funcionários de Escolas) também decidiram paralisar as
atividades a partir desta segunda-feira.
PARA GARANTIRMOS VITÓRIAS, É IMPRESCINDÍVEL A PARTICIPAÇÃO
DE TODA A CATEGORIA NA GREVE. PELA REVOGAÇÃO DO DECRETO;
REAJUSTE SALARIAL; MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO AOS
PROFESSORES E DE APRENDIZAGEM AOS ALUNOS E EM DEFESA
DA ESCOLA PÚBLICA!
Ministério Público do Trabalho reconhece intransigência da secretária e
ajuizará dissídio coletivo
A Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, órgão do Ministério
Público do Trabalho, convocou a APEOESP e a Secretaria da Educação
do Estado de São Paulo para uma audiência de mediação, que
aconteceu no Núcleo de Dissídios Coletivos nesta sexta-feira, 27,
às 10h50. O objetivo era propor um acordo para solução
do conflito trabalhista.
Representaram a APEOESP o presidente Carlos Ramiro de Castro,
os diretores Francisco Assis Ferreira, José Geraldo Corrêa Júnior
e o advogado César Pimentel. A secretária de Educação,
Maria Helena Guimarães de Castro, não compareceu à audiência
e nem mandou representante.
A ausência da secretária da Educação foi entendida pela procuradora
Oksana Maria Dziura Boldo como descaso e por isto ela decidiu
dar entrada com dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT)
para resolver o impasse. Ficou registrado em ata que a ausência
da secretária da Educação na audiência “demonstra como o governo
é contra o diálogo e desconsidera a situação da educação no Estado”
e que a titular da Educação vem sistematicamente desrespeitando
os professores e a Educação Pública.
Decreto 53037
A APEOESP apresentou à procuradora a pauta de reivindicações da
categoria, o Decreto 53037/08, de 28 de maio, as alterações feitas
pelo Decreto 53161, de 24 de junho, e a Lei 1041/08. Os diretores
do sindicato explicaram que há na rede hoje cerca de 95 mil professores
admitidos em caráter temporário, com larga experiência na rede, e que
o decreto propõe a realização de avaliação anual; reivindicaram a realização
de concurso classificatório, levando-se em conta a experiência destes
professores. Argumentaram ainda que o decreto limita a remoção dos
professores efetivos, e que a rotatividade – questão alegada pela SEE
para a edição do decreto – não é causada pela remoção, mas entre
os ACTs que todos os anos se vêm obrigados a mudar de escola.
Reposição das perdas salariais
A APEOESP informou que os professores estão sem reajuste há três anos,
e explicou porque o reajuste anunciado pela Secretaria da Educação,
de 5% mais a incorporação da GTE (Gratificação por Trabalho Educacional),
foi rejeitado pela assembléia realizada no dia 20 de junho, e que a
categoria reivindica reajuste salarial que reponha as perdas acumuladas,
e que retroajam a março.
Substituição dos professores em greve é ilegal
A APEOESP apresentou à procuradora o documento da Secretaria da Educação
determinando a convocação de professores eventuais para substituir os
grevistas. A procuradora entendeu como ilegal a medida, e solicitou que
o sindicato entregue lista de escolas onde os eventuais estão trabalhando
para caracterizar prova concreta da ação governamental, e assim acionar
a Secretaria de Estado da Educação.
Calendário de Mobilização
* Dia 3 de julho, quinta-feira, Assembléias Regionais
* Dia 4 de julho, sexta-feira, Assembléia Geral Estadual, às 14 horas,
no vão livre do MASP
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