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quinta-feira, 26 de junho de 2008
Abaixo o e-mail que a secretária enviou explicando nossa miséria com palavras bonitas Secretaria da Educação tenta desmobilizar via e-mail!!!!
Gostaria de dividir com vocês as razões das mudanças recentes na
Educação paulista, além de dizer que estamos trabalhando no sentido
de melhorar a aprendizagem dos nossos alunos e valorizar cada vez
mais o professor.
O Decreto 53.037, de 28 de maio de 2008, está de acordo com
as necessidades identificadas pela Secretaria de Educação e vem
ao encontro dos principais problemas apontados por professores,
diretores, supervisores e dirigentes de ensino no que tange a melhor
organização da escola.
Fizemos um Decreto que, dentro das leis vigentes, disciplina a substituição
e a seleção dos professores temporários e mantém o direito à remoção
em todas as suas modalidades. A decisão de regular as transferências
de professores foi adotada com o objetivo de melhorar o aproveitamento
escolar, garantindo a continuidade do trabalho pedagógico e o estreitamento
na relação entre mestres e alunos.
Com relação ao processo classificatório para escolha dos professores
temporários, incluímos mais um critério. É uma prova classificatória que
será aplicada antes da atribuição de aulas, no começo do ano, aos
professores temporários. O objetivo é apenas estabelecer o posicionamento
para atribuição de aulas. Será avaliado o conhecimento do conteúdo curricular
de cada disciplina. Além da prova, contarão para o posicionamento o tempo
de magistério na rede e títulos como já vinha acontecendo. A classificação
dos professores levará em conta, obrigatoriamente, a região onde atuam
Portanto, com essa medida, asseguram-se melhores condições para um
trabalho bem feito e garante-se o direito do aluno de aprender com qualidade.
É importante destacar que nenhuma lei foi revogada, e nenhum direito do
professor foi atingido.
Com vistas à melhor implantação dessas novas medidas, a Secretaria da
Educação ouviu entidades de classe, recebeu oficialmente as sugestões
apontadas e depois de uma análise cuidadosa reconheceu a necessidade
de diminuir a restrição para participação do processo de substituição pelo artigo 22.
Assim, fizemos reajustes no Decreto. O limite de faltas foi estendido de 10 para
12 - no ano precedente - e não haverá impedimento quanto à apresentação de
licenças de qualquer natureza. Além disso, a Secretaria reconheceu o direito
de participação no processo de remoção àqueles que se encontram em
estágio probatório.
Por fim, gostaria de enfatizar que estamos bastante empenhados em valorizar
os professores e melhorar suas condições do trabalho cujo resultado vem
da dedicação e seriedade de cada um de vocês. Uma política de incorporação
de gratificações foi iniciada em 2007 e teve continuação neste ano. É um
projeto de benefícios reais aos servidores com término previsto para 2010.
Além de incorporação da GTE (Gratificação do Trabalho Educacional),
aumento de 5% no salário-base foi definido para os funcionários da Secretaria
(com exceção do Quadro de Apoio, que não tem tal gratificação), resultando
em ampliação do salário-base em até 12,2%. A incorporação e o aumento do
salário-base incidem também em outros adicionais, férias, 13º salário,
qüinqüênio e sexta parte.
Tenho certeza da efetividade destas medidas para melhorar a qualidade do ensino.
Mas isso só se concretizará com o trabalho e o apoio dos professores, os grandes
sustentadores do processo educacional.
Estamos à disposição.
Cordialmente,
Maria Helena Guimarães de Castro
O mais engraçado é que não há nada de novo,
esta proposta já foi feita, nós estamos perdendo direitos sim,
como o de ficar doente e se tratar,
incorporação de gratificação não é aumento,
o estado gastou 2 bilhões naquelas capacitações
que os professores conhecem bem,
não dão nenhum suporte nem melhoria a Educação,
agora a bolsa mestrado que é incentivo de verdade para
melhorar a vida acadêmica esta suspenso desde da sua posse.
Maria Helena, porque você não prova que é possível uma boa educação,
nestas péssimas condições de trabalho voltando pra sala de aula?
se é que você já esteve lá....
Ao invés de fazer jornal e propaganda
paga os professores decentemente,
ou tenta sobreviver com o salário deles,
dando aula em salas superlotadas e
tendo que pagar a própria conduçãopra poder chegar ao trabalho.
Fico surpresa também que uma mulher torne tão precária a gravidez de outras,
atrapalhar o pre-natal em nome de uma educação que você nem conhece,
é até uma irresponsabilidade!!!
quando chegou o jornal mandei um e-mail pra secretaria perguntado
quem "éramos nós" que tinhamos analisado o ensino ..etc
até agora não obtive resposta,
quem se diz tão estudiosa da educação deveria saber que o ensino
aprendizagem se desenvolve num grupo que se conhece e vai se identificando.
Outra coisa ficamos doente devido as péssimas condições de trabalho, melhore as condições de trabalho que ninguém mais vai ter que ir ao médico por surdez, tendinite, burcite, depressão, pânico, calo nas cordas vocais, enxaqueca, pressão alta entre outras doençãs causadas noambiente insalubre em que o PSDB tranformou a escola pública estadual.
Mais uma vez São Paulo se dá mal, tem dinheiro parea alston e não tem pra educação!!!
quarta-feira, 25 de junho de 2008
A Educação segundo José Serra e a sua Mídia Por André Murtinho Ribeiro Chaves 21/06/2008 às 22:32
em defesa da classe dos professores no centro de São Paulo e ver os
dados oficiais divulgados na mídia pela PM. São colocadas as principais
razões para a greve dos professores paulistas.
A campanha que a mídia vem travando contra os professores de
São Paulo tem um fundo oligárquico e privatista. Ao denegrir a
imagem já surrada, por eles mesmos, do professor, a Folha,
o Estadão, a Globo, a Veja e diversos outros órgaos empresariais
que se dizem de imprensa, têm um objetivo claro: dar passagem
à danosa e autoritária política do governo do Estado ? doravante
chamada de Serra ? de desmonte da educação pública, de limitação
de recursos salariais e de ataque à classe. Para isto, Serra se utiliza
além da ?grande mídia?, de outros recursos poderosos, como o da
Polícia Militar, sempre violenta. Esta mesma campanha tem se estendido
a diversos movimentos sociais, sejam do campo, sejam urbanos.
É só questionar as políticas governamentais que você será atacado.
Se você disser amém, será elogiado e ganhará espaço nos jornais.
Ao divulgar que uma passeata de no mínimo 50.000 professores
que demora cerca de uma hora para passar por uma esquina tem
ora 3.000, ora 5.000 manifestantes, há uma intenção clara de abafar
algo que tem crescido nas últimas semanas: a insatisfação do
professor com as suas condições de trabalho, com as toneladas de
medidas tomadas de cima para baixo e, como não poderia deixar
de ser, com os péssimos salários. Mais ainda, esta manipulação
de dados oficiais procura demonstrar uma fraqueza que não existe
como observado por todos que passaram na tarde de ontem entre
a Avenida Paulista e a Praça da República, inclusive pelo helicóptero
da PM que a toda hora sobrevoava a Rua da Consolação e que deve
ter a melhores imagens da passeata. Infelizmente, corremos o risco
de nunca vermos ou apenas vermos trechos selecionados destas
imagens. Mas consegui filmar um pouquinho, vejam, é só clicar:
Ao contrário do que opina o Editorial de uma das grandes empresas de
comunicação, as causas desta manifestação ? que continuará acontecendo
até haja um diálogo ? não são pretextos. O porta-voz da Folha para
assuntos educacionais, Gilberto Dimenstein, usa e abusa do seu
conforto para desmerecer o professorado. Primeiro, temos que
nos perguntar se ter bons professores, com boas condições de
trabalho, como reduzido número de alunos por sala, tempo de
pesquisa e estudo, trabalhos pedagógicos aprofundados, acesso
à informação e recursos materiais é importante. Caso sim e estas
condições de formação e trabalho sejam fornecidas pelo estado ?
uma obrigação constitucional ? devemos partir para o segundo
ponto: gestão democrática.
Temos que nos perguntar se os professores, como formadores
de cabeças pensantes da sociedade, são capazes de decidir sobr
e os seus métodos de trabalho e sobre as decisões políticas para
a classe. Com condições e liberdade de escolha, devemos agora
pensar no terceiro ponto: condições salariais. Temos que nos
perguntar se o professor ganha o suficiente para ter o básico
de uma vida saudável e feliz: casa, comida, vestimentas, transporte
estudo e lazer. Com estes três níveis de condições verdadeiros,
estaríamos todos nós, educadores de coração, atuando, formando,
produzindo e libertando. Mas não é nada disto o que acontece.
Para piorar, as condições de vida da grande maioria das famílias
dos estudantes, que vivem no desemprego formal ou informal e
em precárias condições de vida no campo e na cidade, contribuem
para que a situação na sala-de-aula se agrave.
Agora, me responda: a culpa é do professor? Escolas velhas
(em todos os sentidos), 45 alunos por sala (quem já deu aula
para uma 5a. Série com mais de 30 alunos sabe do que estou falando),
nenhum tempo para estudar e preparar aulas e fazer cursos de
qualidade (não aqueles que suspeitos cursos manipuladores que a
secretaria do estado fornece), pouco tempo para discussão pedagógica
de fato e poucos recursos para trabalhar tranquilamente, como tirar
cópias de textos e avaliações escritas. Políticas educacionais pensadas
por poucos, autoritariamente empurradas para a sala-de-aula, e
escolha de diretores por processos centralizados e antidemocráticos.
Processo de atribuição de aulas interrompida anualmente, longo e
desmotivador. A culpa é do professor?
E por último, salários muito, muito baixos. Vocês sabem quanto
ganha um professor de 1a. a 4a. séries (PEB I) da rede pública
estadual. Seu salário base é de R$ 700,09 para trabalhar 30 horas
semanais. O professor que educa de 5a. Série até o Ensino Médio
(PEB II) ganha mais: R$ 810,45 como base salarial para as mesmas
30 horas. Ser diretor, então, é um cargo privilegiadíssimo, ele consegue
tirar R$ 1.490,26 por uma jornada de 40 horas semanais! Pensem
e avaliem nestas condições salariais. Pense nas condições de vida de
um profissional que precisa de estabilidade, equilíbrio e de tempo
para estudar. Mas se eu quiser ganha mais, tudo bem, vou trabalhar
mais, afinal, professor é vagabundo não? Tem professores que
acumulam cargos que chegam a trabalhar mais de 60 horas por
semana! A culpa é do professor?
Se pensarmos que a semana tem 168 horas e destas, deveríamos
dormir em média 60 horas, sobram apenas 48 horas para fazermos
as outras coisas da vida. Contando que destas 48 horas, 32 ficam
reservadas para o fim-de-semana, teremos 16 horas por semana
para estudar, cozinhar, lavar, brincar e cuidar dos filhos e familiares,
entre outras atividades de lazer. São 2 horas por dia para cuidar da
casa e para lazer. Não é à toa que muitos professores faltam, muitos
tiram licença médica e muitos estão ficando invalidados para a profissão,
perdendo voz e tendo problemas ósteo-articulares e musculares.
A tensão não é apenas física, a pressão psicológica tem levado muitos
professores a procurar apoio psicológico e psiquiátrico. Não bastasse
isto, a Lei 1041/08 quer impedir que o professor fique doente por
mais de 6 dias. Mais do que isto, não pode, é para descontar do salário...
A culpa é do professor?
Pois é, mas não pára por aí. No fim de maio dste ano, foi publicado
o Decreto 53037/08, que na prática, coloca diversas limitações para
os professores utilizarem o Artigo 22 da Lei 444/85, aquele que rege
a transferência entre escolas, incluindo entre regiões no estado de
São Paulo. Na vida instável do professorado, este artigo tem sido
essencial na busca de um local de trabalho cada vez mais próximo
de sua cidade de origem ou por prefererência, seja por questões
familiares ou não. O envolvimento com a sua comunidade num lugar
escolhido por ti é algo que faz a diferença numa verdadeira educação.
Com este decreto, também, diversos ACTs (professores Admitidos em
Caráter Temporário) correm o risco de serem demitidos ao fim do ano,
com a instauração de um processo seletivo que não leva em conta o
tempo de trabalho. Assim, professores que estão a 30 anos no ofício,
próximos de se aposentar, podem ser despedidos, assim, de uma
canetada só... Tudo isto sem qualquer consulta à classe ou às entidades
que a representam. Pois é, acho que a culpa não é do professor.
Estes são os ?pretextos? que a Folha e outras empresas de comunicação
colocam. A fala da secretária de educação Maria Helena Guimarães de
Castro, sempre é respaldada por este ?jornalismo?, com o argumento
de que professores tem condições de trabalho adequadas e que a
qualidade do ensino só está assim por causa dos professores que não
têm vontade de ensinar, fingem que estã doentes e veja só, querem
voltar para as suas cidades. Pior ainda, querem ser concursados...
Serra e o seu partido de lógica privatista têm uma orientação clara:
precarizar o ensino público, buscando aos poucos colocar a educação
como item secundário na vida da população e do trabalhador. Assim,
com professores infelizes e ensino comprometido, a população carecerá
cada vez mais de condições de reflexão e de ação para impedir este
solene avanço do capital. Alguém já diria: o governo quer a população
ignorante mesmo.
Por isto, nós professores, pedimos o apoio de outros professores,
pais, estudantes e imprensa livre para que nos defendam destes
ataques ideológicos do governo de São Paulo e da imprensa serrista.
Exigimos ainda que a secretária de educação divulgue os verdadeiros
dados sobre o tamanho da greve, que segundo ela teve adesão de
apenas 2%. Só ontem no vão do MASP, tínhamos no mínimo 20%
de todo os professores do estado, num mesmo lugar e ao mesmo
tempo. E pedimos também (tudo bem, eu sei que é demais) para
que a Polícia Militar divulgue os verdadeiros dados sobre as
manifestações. Neste caso, eu até entenderia se o Serra desse
um cursinho pré-manifestação para ensinar o seu braço repressor
a contar de 1 a 100.000. Esperem e verão. Até semana que vem.
André Murtinho Ribeiro Chaves
Professor de Ciências ? Cananéia ? SP
Coletivo Educador do Lagamar
Escândalo - Alstom: percentual de propina em documento
e o Valor Econômico divulgaram ontem, a Folha de S.Paulo e
O Estado de S.Paulo repicam hoje a história de uma propina de
R$ 8,5 (o equivalente a 7,5% de um contrato de R$ 110 milhões)
que teria sido paga pela Alstom em troca do fechamento de um
negócio com uma estatal paulista, em outubro de 1997, durante
o primeiro quadriênio do PSDB na administração de São Paulo,
o do governador Mário Covas.
A Folha diz ter cópia do documento, de outubro de 1997, e em
poder de promotores da Suíça - país que junto com a França
investiga o suposto pagamento de propina pela Alstom - em
que o percentual do suborno é citado. O documento, um
manuscrito em francês diz o jornal, é atribuído a dois executivos
da Alstom, Bernard Metz (citado nos veículos que divulgaram
reportagem a respeito ontem) e André Botto.
O Folhão registra que o norte-americano The Wall Street Journal
noticiou que os franceses da Alstom negociavam com um
personagem misterioso, chamado Cláudio Mendes -o nome
pode ser pseudônimo - que seria a ponte para os negócios
"com o G. (de governo, segundo os suíços)", segundo o documento.
De acordo com a papelada que a Folha diz dispor, os autores
do documento registram que o dinheiro da propina iria para
"as finanças do partido" (PSDB à época e até agora);
"o Tribunal de Contas"; e "a Secretaria de Energia".
Informações idênticas são reproduzidas no material do Estadão.
A Folha de S.Paulo conclui que com o pagamento da propina
o negócio "aparentemente" deu certo: a Alstom foi contratada
pela Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE)
por R$ 110 milhões para fornecer equipamentos para uma
subestação de energia no Cambuci (bairro da Capital), parte
de um projeto de modernização do sistema elétrico paulista.
Educação em São Paulo: Sintoma de uma Psicose Política Educação em São Paulo: Sintoma de uma Psicose Política Por Arthur Meucci
Neste blog, como os leitores assíduos sabem, trato de temas filosóficos
ligados a educação, atualidades e aos meios de comunicação.
Por questão de bom senso não trato de temas referentes ao jogo político.
Porém tive que abrir uma exceção.
Ao ler o artigo do Deputado Federal Ivan Valente (PSOL)
- um dos políticos mais bem avaliados pela ONG Voto Consciente
- no jornal Folha de S. Paulo me motivou abrir uma exceção.
Em Premiação e castigo na educação (14/03/2008),
o deputado nos mostra como a educação em São Paulo,
desde a eleição de Mário Covas (PSDB) para o Governo,
vem piorando drasticamente. Nesta ultima década perdemos,
em educação, a posição entre os melhores Estados do país
e estamos hoje entre os piores. Além disso, Valente nos
mostra que as novas medidas tomada pela Secretaria da
Educação poderá agravar o quadro no futuro.
Para engrossar o caldo assisti, no mesmo dia,
no programa Provocações (TV Cultura) a entrevista com
a ineficiente Secretaria da Educação Maria Helena Guimarães.
Sua principal desculpa é a tese ridícula de que a educação
pública do Estado vai mal por causa da inserção de
classes sociais menos favorecidas como pobres e negros.
O que é estranho foi ela não justificar Estados como Pernambuco,
Acre, Bahia, Piauí e Pará terem expandido seu sistema de ensino,
ncluindo um grande número de negros e pobres por causa do
Bolsa Família e, ao mesmo tempo, ter elevado em muito a
qualidade educacional. Para ela os negros e pobres de São Paulo
teriam alguma disfunção?
O que mais me espanta não é a falta de consciência por parte da
população de São Paulo sobre os problemas na educação pública,
ou mesmo na segurança. O que me impressiona é o fato de grande
parte das pessoas negarem os problemas causados pelo
governo paulista. Para muitos a educação, a segurança pública
e a saúde melhoraram nestes últimos anos de governo tucano,
dados estes desmentidos por institutos de pesquisa públicos,
privados e de ONGs.
Creio que a propaganda política do PSDB, de algum modo,
possa ser eficiente na percepção irreal da população.
Com o slogan “Eficiência na Administração Pública” o
marketing mascara como os tucanos Covas, Alckmin e Serra
governaram de forma ineficiente. O que foi eficiente na gestão do PSDB?
Privatizaram inúmeras empresas estatais como banco, telefonia,
pedágios, etc, com a desculpa de que o Estado, que eles governam,
não sabe administrar. Empresas estatais como a Nossa Caixa,
controladas pelo governador, são pessimamente administradas.
Cadê os economistas e cientistas sociais eficientes do PSDB na
administração? Bancos federais como o Banco do Brasil e
Caixa Econômica, muito mais complexos, estão indo bem.
Qual a dificuldade a real dificuldade da Nossa Caixa?
PSDB e Democratas dizem que empresas particulares
podem administrar melhor do que empresas estatais.
Fui cliente do banco Itaú e do Santander e as achei um lixo.
Troquei pelo BB, estatal, e estou muito contente com os serviços.
Qual o antigo correntista que acha o Santander mais eficiente do
que o antigo Banespa? Até hoje não escutei ninguém elogiando
os serviços do banco espanhol. E as empreiteiras privadas?
Alckmin pagou milhões para que empresas terceirizadas
construissem o metrô paulistano com mais segurança e em
menos tempo. Resultado: Para aumentar o lucro as empresas
particulares substituíram os equipamentos pesados de escavação
e usaram dinamite para fazer os buracos. Causaram um mega
desastre na construção da estação Pinheiros e comprometeram outras
estações da linha amarela. Eficiência? Boa gestão?
A ideologia neoliberal de Estado mínimo, adotado pelos partidos
no poder em São Paulo, prega que este só deve cuidar de saúde,
segurança e educação. O resto é resto. Pois bem, vejamos os
resultados eficientes. Na saúde Serra e Kassab terceirizam os
serviços médicos na cidade de São Paulo ao criar as AMAs.
Deram aos hospitais particulares, como o Samaritano, o controle dos
postos de saúde. Quem usa (ou usava) os AMAs sabe muito bem
o que aconteceu. O pobre perdeu o mínimo direito que lhe restava
no acesso a todos os recursos da saúde. O Hospital das Clínicas, símbolo
de respeito, vanguarda e eficiência em todo o Hemisfério Sul foi,
nos últimos cinco anos, sucateado. O não pagamento de salários,
a falta de medicamento e o incêndio ocorrido no início do ano são
reflexos da eficiência tucana na Saúde. Sabe o programa da Marta (PT)
de atendimento médico familiar da prefeitura, que levava médico e
medicamento nas casas da periferia? Alguém sabe o que aconteceu com ele?
Sumiu!
Na segurança pública o crime organizado, em especial o Primeiro
Comando da Capital, se instalou no Estado. Com toda a atenção
do PSDB na questão da segurança perdemos o domínio dos presídios,
aumentamos as facções criminosas, deixamos os bandidos
enfrentarem a polícia, e não conseguimos diminuir tão bem a violência
como fizeram os outros Estados da federação.
Como o PSDB foi mais eficiente nesta questão?
Por fim, a última grande preocupação do estado mínimo tucano
foi a educação. Fizeram uma grande revolução administrativa
ao modificar as estruturas escolares, ao trocar professores
concursados por eventuais, congelando os salários, e acabando
com a repetência para atender as exigências do Banco Mundial.
Resultado: Com mais de dez anos de gestão, o PSDB conseguiu
a proeza de conceder diplomas de ensino médio a pessoas que
não têm fluência de escrita e leitura e até mesmo diplomar
analfabetos funcionais. Somente uma parte dos alunos do
ensino médio consegue realizar plenamente as quatro principais
operações matemáticas (somar, subtrair, multiplicar e dividir).
Mais do que isso nem pensar! Na cidade Serra quebra sua promessa
e embarga a construção de novos CEUs.
Como a população em geral não enxerga esses imensos problemas?
Por que os paulistas acham que os tucanos são tão eficientes?
Esta patologia tem explicação no próprio discurso da classe média:
Porque o PSDB é diferente do Lula e do PT. A percepção da eficiência
se deve ao contraste com o Governo Federal. No fundo tal percepção
distorcida que se tem do PSDB é fruto de um mecanismo de defesa do ego,
chamado de negação, criado por falsos estereotipos.
“- Lula é uma pessoa sem instrução!” justificaram um corretor de
seguros e um dono de padaria que eu questionei. Como administraria
uma empresa assim? Bom, Lula tem o ensino médio completo e
fez SENAI, já o corretor e o empresário da panificação não possuem
o ginásio completo. Não parece um discurso contraditório?
Dizem que o PT cultiva os pobres e que odeia a classe média.
A ONU diz que o Bolsa Família tirou 20 milhões de pessoas da pobreza
e os fez classe média. Quem é o esquizofrênico?
O PT foi ineficiente ao DOBRAR o número de escolas federais
em cinco anos? Ao ampliar o número de faculdades? A elevar de
modo gradual a qualidade do ensino de suas escolas e universidades?
Ao fazer despencar os indicies de criminalidade em todo o país com
seus projetos sociais? Ao assumir os hospitais estaduais de Alagoas
quando Teotônio Vilela (PSDB) faliu o sistema de saúde do Estado?
Ou o PT, PC do B, PSB e coligados foram ineficientes quando assumiram
Estados pobres e os colocaram entre os de melhor desempenho no ENEM
e SARESP? Não é estranho que Pernambuco, Bahia, Piauí, Acre,
Pará, e Sergipe, todos governados pelo PT, tenham melhorado a educação,
diminuído em muito a violência, e tirado as pessoas da miséria e pobreza?
São Paulo e Alagoas fizeram isso?
Ao condenar nosso Estado de São Paulo ao domínio do PSDB e DEM
fechamos nossos olhos. Negamos a verdade. Tanto na psiquiatria como
na psicanálise o uso incessante da negação para não aceitar o real gera
uma doença: a psicose. Criamos assim uma política psicótica em São Paulo.
Uma cidade e um Estado psicopata.
Professores cobram responsabilidade do governo de SP e mantêm greve
Os professores da rede pública estadual de São Paulo decidiram permanecer em greve. A decisão foi tomada na última sexta-feira (20), em uma assembléia realizada na Avenida Paulista. Os professores rejeitaram a proposta do governo de 5% de reajuste e a incorporação de gratificações. Em seguida, eles seguiram em passeata, com cerca de 60 mil pessoas, até o centro da cidade. |
Fax nº 42 – 24/06/2008 Greve continua! Secretaria não atende às reivindicações!A greve da categoria continua! Nesta terça-feira, mais de 75% das escolas já haviam aderido à paralisação. A grande manifestação realizada na última sexta-feira, quando mais de 60 mil docentes participaram da assembléia, forçou a secretária da Educação a receber a APEOESP. Durante reunião realizada com a diretoria do Sindicato nesta terça-feira, a secretária da Educação indicou alterações no Decreto 53037 e no concurso público, mas não acenou com o atendimento da totalidade das reivindicações dos professores. A APEOESP reafirmou a continuidade da greve! Reforçou também que a categoria exige a revogação do Decreto e abertura de negociação sobre os critérios para contratação, remoção e substituição e os demais pontos da pauta. Informou também que encaminhará os “ajustes” para avaliação da assembléia dos professores a ser realizada na próxima sexta-feira, 27. Veja no quadro, as alterações no Decreto propostas pela secretaria. Decreto 53037/08 para este ano. Os critérios passarão a valer a partir de 2009. Veja abaixo os “ajustes” apresentados pelo governo: Artigo 22 Versão anterior de qualquer natureza, ficam impedidos de optar pelo artigo 22 *Professores que usufruíram de licenças como médicas e prêmio, excetuando-se a licença gestante, estão impedidos de optar pelo artigo 22 Nova versão de qualquer natureza, ficam impedidos de optar pelo artigo 22 médicas e prêmio poderão optar pelo artigo 22 Prova seletiva Versão anterior de âmbito regional Nova versão a todos os ACTs, porém não haverá eliminação. A prova passa a ter caráter classificatório, com respeito ao tempo de serviço Estágio probatório Versão anterior concorrer à remoção e à atribuição de vagas pelo artigo 22 e à remoção Nova versão pedir remoção nos três anos iniciais de trabalho Concurso público de lei à Assembléia Legislativa criando 72 mil novos cargos para uma nova jornada de 10 horas, a serem ocupados através de concurso público. Os professores que já estão na rede poderão optar por esta nova jornada. Filosofia e Sociologia acatará obrigatoriedade das disciplinas de Filosofia e Sociologia. Também afirmou que realizará concurso público para professores de Sociologia. Reajuste de 5% em regime de urgência, com a proposta de reajuste de 5% para os docentes e a incorporação da GTE, retroativos a junho. Durante a reunião, a APEOESP denunciou a tentativa da secretaria de iludir a categoria, já que a incorporação da GTE não pode ser considerada como reajuste salarial, pois os professores já recebem este valor. Ou seja, não há reajuste de 12%, mas sim de 5%. APEOESP exige atendimento de todas as reivindicações Mais uma vez, o governo não atende às reivindicações da categoria e continua pagando para ver a força de nosso movimento. De qualquer forma, a realização de mais uma reunião demonstra a importância da pressão que temos feito sobre a secretaria. A APEOESP reforçou a exigência pela realização de concurso público classificatório, considerando o tempo de serviço, para efetivação de todos os ACTS; abertura imediata de negociação sobre um novo Plano de Carreira; incorporação de todas as gratificações; reajuste salarial que reponha as perdas acumuladas desde 1998, retroativo a março; máximo de 35 alunos por sala; extensão do ALE a todas as unidades; entre outros pontos da pauta. É imperativo que todos os professores paralisem as atividades como forma de pressionar o governo a atender todos os itens da pauta de reivindicações. Todos à assembléia nesta sexta-feira, 27 O Conselho Estadual de Representantes da APEOESP se reunirá nesta sexta-feira, 27, extraordinariamente, a partir das 9 horas (local a definir). Às 15 horas, todos à assembléia estadual no vão livre do Masp. Audiência pública sobre a Lei 1041 Na terça-feira, 24, por solicitação da APEOESP, a Assembléia Legislativa promoveu a audiência pública sobre doenças profissionais e a lei 1041/08 (altera licenças médicas). na Casa, deputado Roberto Felício, o professor Roberto Franklin de Leão, presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), o professor-doutor Herval Pina, a professora Nilcea Victorino, representando a APEOESP, e Juliana Oliveira, pesquisadora da Fundacentro compuseram a mesa de debates. As principais resoluções da audiência foram: realização de uma ampla campanha na mídia de denúncia; pela revogação da Lei 1041; melhoria imediata das condições de trabalho; contra a privatização do IAMSPE e do Hospital das Clínicas. Além disso, denunciar os deputados que votaram a favor da Lei 1041 na Assembléia Legislativa. |
Audiência pública debate lei que limita direito a faltas para tratamento de saúde
Da Redação - André Barros |
Por iniciativa do Sindicato dos Professores " Apeoesp, com o apoio da Liderança do PT na Assembléia, realizou-se nesta terça-feira, 24/6, na sede do Legislativo paulista, uma audiência pública sobre a Lei 1.041/2008, que dispõe sobre o vencimento, a remuneração e o salário do servidor que deixar de comparecer ao expediente por causa de consulta médica ou tratamento de saúde. Entre outras coisas, a lei limita a seis o número de faltas abonadas a que os servidores têm direito. Segundo o deputado Roberto Felício, líder da bancada petista, o objetivo principal da audiência pública não foi tanto realizar um debate de conteúdo político, mas principalmente recolher informações técnicas e científicas suficientes para que tanto os servidores quanto o governo conheçam todas as implicações da aplicação da lei. Para Felício, que abriu o evento, a lei, promulgada em abril deste ano, "é parte de um esforço do governo para responsabilizar os profissionais da área pela situação constrangedora em que a educação de São Paulo se encontra, como demonstram o Enem e outros mecanismos de avaliação". De acordo com o parlamentar, "não se pode punir toda uma categoria com base no absenteísmo de alguns". O médico Herval Pina, representante da Coordenadoria de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, discorreu sobre as principais causas de faltas no magistério público: doenças psíquicas e transtornos da voz. De acordo com ele, esses são problemas que, em geral, só são reconhecidos pelos médicos quando causam afastamentos prolongados. Por isso, sustenta Pina, a lei pretende coibir principalmente a falta daqueles que não estão em tratamento médico reconhecido oficialmente. Herval Pina também afirmou que a exaustão psíquica se configura atualmente como um transtorno comum não só entre professores, mas também entre agentes penitenciários, policiais, juízes e outras categorias do serviço público. "Ela é causada, sobretudo, pelas condições de trabalho desses profissionais", disse o médico. "Por isso não de pode tratar a questão apenas do ponto de vista da produtividade". Alexandre Ferraz, pesquisador do Dieese, apresentou os resultados de uma pesquisa sobre as condições de saúde e de trabalho dos professores do Estado. Segundos os dados dessa pesquisa, mais de 50% dos professores têm idade acima de 41 anos. Cerca de 60% deles trabalham mais de 30 horas (jornada padrão definida para a categoria), enquanto 43% dão aula para salas com mais de 35 alunos, quando o máximo recomendado pela ONU é de 30 estudantes. Entre as queixas mais freqüentes dos professores estão o barulho (60,9%), calor (58,7%) e ventilação insuficiente (55,4%). As principais causas de incômodos são a superlotação das salas de aula (72,6%) e a violência (64,5%). Os sintomas mais comuns são cansaço (79%) e nervosismo (61,1%). Para Nilcéia Fleury Vittorino, diretora da Apeoesp, a Lei 1.041 faz parte da política do governo estadual visando o enxugamento da máquina a partir da desestruturação da categoria. Segundo ela, ao limitar a seis o número de faltas abonadas permitidas, a lei ignora completamente os direitos dos servidores, particularmente os das gestantes. "Uma gestação normal dura nove meses mas, pela lei, a mulher grávida só teria direito a fazer seis exames pré-natais", argumentou as sindicalista. A pesquisadora Juliana Oliveira, do Serviço de Ergonomia da Fundacentro, centro de pesquisa do Ministério do Trabalho, expôs dados do projeto de pesquisa sobre as repercussões das condições de trabalho na saúde dos professores da educação básica desenvolvido por aquela instituição. Utilizando métodos qualitativos, a pesquisa registras, entre outras informações, as principais causas das dificuldades enfrentadas nas salas de aula, apontadas pelos próprios professores: dar a necessária atenção aos alunos e manter o controle e a autoridade. Segundo a pesquisadora, os sentimentos mais comuns verificados são o medo, o cansaço, o desespero e a solidão. Na opinião de Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional do Trabalhadores na Educação (CNTE), o que se verifica com a nova lei é uma política centrada na lógica segundo o problema da educação é de natureza puramente gerencial. "De acordo com essa lógica, a melhor solução para o problema seria aplicar um choque de gestão, em consonância com o ideal de um estado pequeno que funcione como uma empresa", afirmou Leão. |
segunda-feira, 23 de junho de 2008
domingo, 22 de junho de 2008
FAX URGENTE Nº 41 - 60 mil professores reunidos no MASP aprovam:
A GREVE CONTINUA!
Os cerca de 60 mil professores que participaram da assembléia geral estadual, realizada na sexta-feira, 20, no vão livre do MASP, na avenida Paulista, rejeitaram a proposta de reajuste – de até 12% -- anunciada pelo governo na quinta-feira, e decidiram manter a greve iniciada dia 13, exigindo a revogação do Decreto 53037 e da Lei 1041. Além disso, os professores reivindicam um reajuste que reponha as perdas salariais acumuladas desde 1998 – que chega a um índice de 35% --, a incorporação imediata de todas as gratificações, extensiva aos aposentados, e o fim da política de bônus. Estudos realizados pela subseção do Dieese, a arrecadação do ICMS vem batendo recordes, o que possibilita ao governo incorporar todas as gratificações imediatamente e ainda oferecer um índice de reajuste aos professores. Ou seja, dinheiro há. O que falta é vontade política para melhorar a Educação Pública no Estado de São Paulo.
A APEOESP mantém ainda a reivindicação pela realização de concurso público estadual classificatório, considerando-se o tempo de serviço de cada docente.
Ao final da assembléia, a APEOESP participou, na Praça da República, do ato unificado da Educação, junto com o CPP, a Udemo, a APAMPESP, a Afuse e a APASE. Estas entidades devem realizar assembléias a partir desta semana.
Calendário aprovado:
- Dias 23, 24 e 25: visita às escolas e reunião com pais
- Dia 24: Audiência Pública “Direito à Vida: a Lei 1041 e as doenças profissionais dos professores”, 14 horas, Assembléia Legislativa
- Dia 26: assembléias regionais (as subsedes devem obedecer a data para a realização de assembléia)
- Dia 27: Assembléia Geral Estadual, às 15 horas, no vão livre do MASP
Nossas reivindicações:
- Revogação do Decreto 53037 e da Lei 1041
- Reajuste salarial já, que reponha as perdas salariais
- Incorporação das gratificações aos salários com extensão aos aposentados
- Realização de concurso público classificatório para todas as disciplinas
- Um novo Plano de Carreira;
- Fim da aprovação automática;
- Liberdade de cátedra;
- Extensão do ALE para todas as unidades;
- Gestão democrática e autonomia da escola;
- No máximo 35 alunos por sala;
- Melhores condições de trabalho;
- Garantia de emprego e estabilidade a todos os professores.
DIA 27 DE JUNHO – 15 HORAS – VÃO LIVRE DO MASP
Por Favor:
repassem para o maior número de pessoas que puderem estas informações!!!
ATENÇÃO!!! Audiência pública terça feira, Pelo direito à vida!!
Por solicitação da APEOESP, será realizada no dia 24 de junho, terçafeira,
das 14 às 18 horas, no auditório Franco Montoro da Assembléia
Legislativa do Estado de São Paulo (avenida Pedro Álvares Cabral, 201 –
Andar Monumental – Ibirapuera – São Paulo Capital), audiência pública
sobre “Direito à Vida: a Lei 1041/2008 e as doenças profissionais do
professores”.
Como é amplamente conhecido, a Lei 1041/2008, de autoria do governador
José Serra, limita a 6 (seis) faltas abonadas ao ano o direito dos
servidores estaduais a consultas médicas e tratamentos de saúde. Se este
é um ataque violento aos direitos de todo o funcionalismo, é particularmente
grave no caso dos professores e professoras, vítimas de diversas
doenças profissionais.
Pesquisa realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas da APEOESP,
em conjunto com a subseção do DIEESE/APEOESP corroborou resultados
de outras pesquisas sobre a saúde do professor, demonstrando que a
categoria é atingida por doenças como LER, tendinites, depressão, problemas
de voz, entre tantas outras enfermidades decorrentes das más condições
de trabalho que lhes são impostas nas unidades escolares.
O governo estadual pretende resolver o problema das faltas de professores
punindo os profissionais com a restrição do abono de ponto
para tratamentos médicos quando deveria, isto sim, assegurar condições
adequadas de trabalho nas escolas e atendimento médico adequado a
todos e todas.
Pelo exposto, devemos comparecer em peso à audiência pública do
dia 24 de junho, para que possamos manifestar nossa insatisfação e nossos
pontos de vista sobre as medidas tomadas pelo governo estadual, assim
como discutir com os órgãos estaduais e federais que foram convidados
a participar do debate (todos com estudos realizados a respeito da
saúde dos professores) as implicações destas medidas e os encaminhamentos
para a sua solução.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Site Vi o Mundo - Repórter Luiz Carlos Azenha PROFESSOR CHAMA EDITORIAL DA FOLHA DE "CRIMINOSO" Atualizado em 18 de junho de 2008 às 12:30 | Publicad
Caros professores, educadores e simpatizantes,
Continuamos precisando de apoio, ainda mais agora que a Folha se posiciona a favor da secretária de educação no estado de São Paulo e do Serra e tenta acabar com a imagem do professor. É hora de unir e fortalecer.
Segundo a Folha "os grevistas pretextam mais uma vez defender as condições de trabalho e a qualidade do ensino". Pretextam? Todos sabem as condições pelas quais passamos, que nem sempre foram as melhores e agora está no fundo do poço.
Leiam e se perguntem: por que as aulas estão deficientes? É por causa do professor ou da estrutura que o estado fornece? Será que ausência de professores não vem das péssimas condições de trabalho, excesso de alunos por sala, péssimos salários?
Quem dá aula, tem filho ou parente dando ou recebendo aula ou mesmo quem tem um pouquinho de percepção, sabe o que é o dia-a-dia desta educação paulista que cai pelas tabelas em todos os índices, no "estado mais rico do Brasil".
A Folha também desqualifica o sindicato e passa por cima do direito de greve. E diz que uma ínfima parcela do professorado está parado...60%! Só dos que estiveram na República na última sexta são 30.000 (cerca de 15% dos 230.000 professores num mesmo lugar ao mesmo tempo!).
E, pasmem, defende o Decreto 53037/08 que acaba com diversos, diversos direitos que melhoravam a vida do professor.
Pessoal, é hora de professor, pais, alunos e todos se unirem e defenderem o professorado.
Na próxima sexta, 20 de junho, haverá um grande ato no MASP, a partir das 14h. Vamos levar 50.000 para São Paulo.
Tire o pé da sala e venha caminhar! Troque a faixa do braço pelo braço de faixa! Troque o grito com os alunos pelo grito contra a secretária de educação e contra o governador Serra.
Abraços realmente indignados,
André
fax apeoesp
Fax nº 38 – 18/06/2008
Greve força Secretaria da Educação a receber entidades do Magistério
Paralisação continua: 60% das unidades escolares já aderiram ao movimento
A APEOESP participou de reunião na Secretaria da Educação nesta terça-feira, 17, e exigiu imediato atendimento da pauta de reivindicações e revogação do Decreto 53037 e da Lei 1041.
Durante a reunião, a S.E. informou que há estudos do governo para a concessão de reajuste; revalorização da escala salarial; incorporação de três gratificações, sendo uma por ano, até 2010 e manutenção da política de bônus que será baseada em indicadores de qualidade das escolas e assiduidade dos professores. Também informou que pode haver possibilidade de alteração no Decreto 53037 e na Lei 1041. As declarações da secretaria, mais uma vez, foram subjetivas, não correspondendo às nossas reivindicações. Nada de concreto foi apresentado por Maria Helena Guimarães de Castro.
Nossa greve continua! Somente com nossa organização e mobilização poderemos garantir que o governo atenda todas as reivindicações. É imperativo que nosso movimento continue até atingir 100% das unidades escolares.
APEOESP exige respeito aos profissionais
Na reunião, a APEOESP reforçou o repúdio à tentativa da Secretaria em responsabilizar a categoria pelos problemas existentes na rede pública de ensino. O professor Carlos Ramiro afirmou que todas as ações impostas até agora pelo governo, entre elas o Decreto 53037, a Lei 1041, o ataque à liberdade de cátedra e a retirada do ALE de diversas unidades tiveram o único objetivo de responsabilizar os docentes pela crise do ensino em São Paulo. Tanto os professores como os alunos são vítimas das políticas impostas, há 13 anos, pelo governo estadual.
A falta de respeito e de valorização aos profissionais foram questões abordadas pela APEOESP durante toda a reunião. O professor Ramiro afirmou ainda que a greve - até o fechamento deste Fax Urgente atingia a marca de 60% das escolas em todo o Estado - poderia ser evitada se este governo recebesse as entidades para negociar efetivamente. Todas as reuniões realizadas não surtiram qualquer efeito positivo para a categoria. Ao contrário, a Secretaria tem, de forma autoritária, imposto ações que prejudicam os professores.
Diante do discurso da S.E., a APEOESP cobrou a apresentação de propostas que atendam às nossas reivindicações até a próxima quinta-feira para que os professores possam avaliá-las na assembléia do dia 20. A Secretaria comprometeu-se a apresentar índice de reajuste e também a data para a abertura de uma efetiva mesa de negociação sobre os demais pontos da pauta de reivindicações.
Exigimos:
*Concurso público classificatório anual, garantindo-se o tempo de serviço;
*Incorporação de todas as gratificações com extensão aos aposentados;
*Reajuste salarial;
*Revogação do Decreto 53037/08;
*Revogação da Lei 1041/08 (lei que limita a falta médica);
*Novo Plano de Carreira;
*Fim da aprovação automática;
*Liberdade de cátedra;
*Extensão do ALE para todas as unidades;
*Gestão democrática e autonomia da escola;
*Máximo de 35 alunos por sala;
*Melhores condições de trabalho;
*Garantia de emprego e estabilidade a todos os professores.
Luta unificada do Magistério
As demais entidades do Magistério (Apase, CPP, Udemo, Apampesp) participaram da reunião com a Secretaria da Educação e também se opuseram ao Decreto 53037/08 e exigiram reajuste salarial imediato.
Na sexta-feira, após a assembléia da APEOESP no vão livre do Masp, os professores descerão em passeata até a Praça da República para realizar um grande ato com as demais categorias da Educação. Professores, da ativa e aposentados, diretores, supervisores e funcionários vão exigir da Secretaria da Educação o atendimento das reivindicações conjuntas.
Box
Greve é direito constitucional, inclusive para quem está em estágio probatório ou designado pelo artigo 22
A Secretaria de Estado da Educação vem pressionando os professores na tentativa de fazer com que eles não engrossem a greve deflagrada na assembléia do dia 13 de junho porque estão em estágio probatório. A Secretaria de Legislação e Defesa dos Associados da APEOESP elaborou um parecer jurídico, em que esclarece que “não há relação entre o fato de o professor estar no período do estágio probatório e a greve, para fins de perda de cargo”.
O estágio probatório é apenas o período de tempo que existe entre a posse do servidor no cargo público e a aquisição efetiva da estabilidade. O artigo 41 da Constituição Federal, que trata do tema, diz: “Art. 41- São estáveis após 3 (três) anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (...) § 4º- Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.”
Não há nada na Constituição que conjugue a não obtenção da estabilidade com a greve durante o estágio probatório.
A greve é um direito constitucional. No caso dos servidores públicos, garantida pelo inciso VII do artigo 37 da Constituição Federal: “Art. 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) VII- o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (...)”
Portanto, o direito à greve é consagrado. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, na ausência de uma lei específica para a greve no serviço público – como reza no inciso VII do Artigo 37 – vale a lei do direito de greve da iniciativa privada, ou seja, a Lei 7.783/89, com pequenas modificações.
Além disso, cabe lembrar que deixar de comparecer ao serviço em virtude da greve é uma atitude protegida constitucionalmente pelo inciso VIII do artigo 5º da CF, porque quem age assim o faz motivado por convicção íntima de que é através deste ato (participar da greve) que o objetivo de uma categoria profissional será atingido.
Ainda que se ameace o servidor em estágio probatório de demissão, nos termos dos incisos LIV e LV do artigo 5º da CF, é reconhecido o direito à ampla defesa e ao contraditório como condicionantes à penalização de qualquer pessoa. Nenhum funcionário público pode ser demitido sem ampla defesa. Essa afirmativa é reconhecida pelo STF, que sobre o assunto aditou as Súmulas 20 e 21:
“Súmula 20- É necessário processo administrativo com ampla defesa, para demissão de funcionário admitido por concurso.
Súmula 21- Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.”
Portanto, ainda que em estágio probatório, fica claro que o servidor só pode ser apenado após a existência de procedimento que lhe confira direito à ampla defesa e ao contraditório.
Informamos ainda que a APEOESP ajuizou ação civil pública para contestar o Decreto 53344/07.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
No país das Maravilhas!!! Parte 2
A técnica de maquiar estatisticas, como se fala na revista, prende os professores numa rede de favores e retaliações. Professor bom é aquele que apresenta resultados. Mas o que são resultados?
São números de aprovados, você não precisa ensinar para lançar a nota no diário( leia-se).
Os que o fazem seriamente sofrem na escola com retaliações, como usar o vídeo, a sala de informática, quando tem, entre outras coisas...
depois de mais de treze anos de política de aprovação automática as salas de recuperação agora estão lotadas.
O único problema é que elas só podem funcionar se o governo autorizar.
Gostaria de saber quem elaborou a revista de história para ensino fundamental II e Médio.
está é a minha dúvida, por que quando se diz "nós" imagino que é alguém que batalhe como muitos, perdendo o difícil acesso, dando aula em escolas com alunos que te ameaçam, não tendo um auxílio transporte que cubra a condução que se paga para trabalhar..
só para dar uma idéia: o vale alimentação não vem desde o ano passado, o vales eram de R$4,oo e o máximo que eu já recebi foram 16 para o mês.
o auxilio trânsporte veio com R$20,00 para o mês, vejamos eu compro 8 passagens , dá pra trabalhar 4 dias e o resto do mês adivinha quem paga pra trabalhar? EU.
E como eu muitos outros professores. Mas se o problema fosse só trabalhista...
A educação está passando de um problema trabalhista para um problema de saúde e segurança pública.
Vamos pensar na educação como um todo?
Porque respeito também é educação e um ótimo estímulo ao trabalho!
Parte deste e-mail foi enviado a secretaria da educação no início de fevereiro, até agora não houve resposta, já temos um governo que não ouve São Paulo, agora temos um governo que silencia, com um artigo de um decreto do ditador Medice diz que a liberdade de expressão no Estado de SP não é tão livre assim.
Istó é uma democracia?
aqui sim acredito que se encaixe as frase da Legião Urbana: "Que País é Esse?"
Uma democracia silenciada por um decreto da época da ditadura?
Membros de movimentos estudantis que foram perseguidos, agora ocupam cargos públicos e usam as mesmas leis de seus algozes?
Mario Quintana tem uma frase famosa :
analfabeto é aquele que aprende a ler e não lê!
Eu penso desta proposta educacional desenvolvida a partir do governo Covas e o estabelecimento do Tucanato no poder do Estado de São Paulo e que está em voga atualmente:
O maior analfabeto é o "dito" especialista em educação dizer o que se deve ensinar a ler e censurar o que se escreve!
nas palavras de Brecht é o analfabeto político.
ps1: a recuperação que iria ter paralela para os alunos foi adiada pelo governo,
deixo a pergunta, por que será?
ps2: Só espero lucidamente não ser acusada de estar fazendo um Dossiê!!!
ps3: Sobre Goebbels e as ladaínhas , de que nos acusam, acredito ser um simples caso de transferência psicológica por parte dos especialistas, Freud "deve" explicar... eu espero!!
PROFESSOR DE HISTÓRIA ENTRE O NAZISMO E A LADAINHA?
História: diversidade, trabalho, cultura e sociedade
Nada de começar, outra vez (como sempre!), insistindo na importância da História (IMAGINA, PRA QUE LEMBRAR QUEM ACABOU COM A AVALIAÇÃO EM SÃO PAULO...... MEMÓRIA, HISTÓRIA, CRÍTICA, PRA QUÊ?) para a formação de cidadãos críticos,
para a percepção da identidade social,
para a preservação da memória – individual e
coletiva – etc.
Na verdade, quando palavras e idéias são repetidas infinitas vezes,
duas coisas podem acontecer: ou elas se tornam verdades
irrefletidas – como bem sabia o responsável pela propaganda
nazista, Goebbels, (???)ou têm seu sentido esvaziado, como parece ser o caso das ladainhas,(???) repetidas mecanicamente,
sobre a dependência recíproca entre consciência histórica e condição humana.
Nós(QUEM?) que trabalhamos com a disciplina,
sabemos que quem desconhece a História, não conhece a si
mesmo. Como educadores, ficamos tristes com isso e, muitas vezes,
pensamos(OPS, NÓS PENSAMOS?, QUEM PEDIU MINHA OPINIÃO?)
em desistir: “Paciência, se os alunos não querem aprender, azar deles.
Eles é que escolheram fazer parte da multidão inconsciente,
e eu não tenho nada a ver com isso e pronto”. Será?
Ora, não é só na História que a “coisa” pega. Enquanto – com razão – orgulhamo-nos de nossos atletas e de nossa Natureza exuberante,
ficamos envergonhados com nosso desempenho educacional, em
todas as áreas. E aqui não importam(???) as classificações internacionais,
que nos colocam lá embaixo no
ranking que mede o desempenho dos estudantes,
em vários países do mundo. Não é para os outros que
devemos “caprichar” na imagem, mas sim de frente para o
espelho nosso de cada dia, que é para onde
podemos repetir o verso que deu nome à música de Renato Russo:
“Que País é esse?” Pois é, mas nada
nos proíbe de perguntar: “Que País poderia ser esse?”
Ora, faz anos que nossos alunos “pulam” de degrau em degrau, apenas impulsionados pelo culto às
estatísticas maquiadas (por quem mesmo?), e chegam ao final do ensino médio quase sem saber ler.(porque mesmo? ) Depois, para alguns,
ainda vêm a quimera, quase sempre frustrada, da vaga na
universidade ou de um bom emprego, e é então que,
para a imensa maioria, o sonho vira pesadelo.
Isso não quer dizer que nós, professores(as),(OPS, QUER DIZER
GOVERNO, QUE COMEÇOU A MODALIDADE QUASE OLÍMPICA
DE "LANÇAMENTO DE ALUNO" DA 1ª SÉRIE AO FIM DO ENSINO
MÉDIO COM PAUSA SÓ PARA O RECREIO)
devamos assumir todas as culpas pela situação de nossa
Educação, já que – historicamente – é fácil
acompanhar a evolução da crise.
Também não adianta culpar
o governo, pois a política – em sentido amplo – é um dos mais fiéis
reflexos da sociedade.
Quem sabe as elites, eternamente preocupadas em
defender seus privilégios e interesses?
(VAI VER A CULPA É DO FIDEL!!!)
Há, ainda, pais e até professores
que culpam os estudantes, que só se interessam
por coisas que nada têm a ver com a cultura.
(TÍPICO COMENTÁRIO DE QUEM NÃO DÁ AULA
E NÃO SABE A RELAÇÃO QUASE FAMILIAR QUE
AGENTE PASSA A TER COM ALUNOS CARENTES
ATÉ DE FAMÍLIA!!!)
E assim, como na velha brincadeira da garrafa
que se põe a girar no meio da roda, o dedo que
aponta
possíveis responsáveis muda de direção,
enquanto a educação parece afundar no lodo.
(ÓTIMA ELOCUBRAÇÃO NUM DOCUMENTO,
FOI UMA LUZ SABER DISSO!!!)
Se o problema é grande, como sabemos,
melhor tentar resolvê-lo parte por parte, cada um assumindo,
realisticamente, sua parcela de responsabilidade.
Pois é, caro(a) professor(a), é a partir dessas idéias
e compromissos (COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO TAMBÉM
PASSA PELOS RESPEITO AOS EDUCADORES E EDUCANDOS,
SEM AUXÍLIO DIGNO DE TRANSPORTE E ALIMENTAÇÃO,
RECEBENDO 5,25 POR HORA AULA, O QUE NUMA SALA DO ESTADO
DÁ APROXIMADAMENTE R$0,13 CENTAVOS POR ALUNO E DE
OUTRO LADO DÁ 1'25'' - 'HUM MINUTO E VINTE E CINCO SEGUNDOS' -
DE ATENÇÃO PRA CADA ALUNO POR PARTE DO EDUCADOR MAIS
ATENTO...
ISTO É EDUCAÇÃO COM RESPEITO?
RESPEITO AO EDUCADOR E AO ALUNO?)
que estamos aqui, mais uma vez,
envolvidos com a maravilhosa utopia(NISSO EU CONCORDO, É UMA
UTOPIA)
de trabalhar pela educação pública, a única a que tem acesso a
imensa maioria da população, acreditando que, desta forma,
será possível abrir melhores caminhos
para o amanhã. Até para que, um dia(SE O GORVERNO
MUDAR OU REFLETIR COM SERIEDADE!!), a História –
a que se vive e a que se estuda – possa ser outra.
Inicialmente, é fundamental que você entre em sintonia
com o Jornal do Aluno, pois os dois materiais foram
elaborados em direta sintonia, a fim de imprimir o
necessário entrosamento para desenvolver as atividades
propostas. Para cada uma delas, você dispõe de uma breve
descrição, um quadro-resumo e a programação
das aulas, propriamente ditas. Além disso, há aqui sugestões
de avaliação, a partir das expectativas
que orientaram o planejamento da Revista e das competências
e habilidades que visamos desenvolver.
LEIA MAIS NO SITE: educacao.sp.gov.br
ACESSE O LINK SÃO PAULO FAZ ESCOLA E LEIA NA
AS PROPOSTAS DO ESTADO.
domingo, 15 de junho de 2008
Professores e professoras aprovam greve contra Decreto 53037/08
Reunidos em assembléia na Praça da República na sexta-feira, 13, cerca de 30 mil professores(as) aprovaram greve com início imediato. A principal reivindicação da categoria – além do atendimento de toda a pauta de reivindicações entregue em janeiro à Secretaria da Educação – é a imediata revogação do Decreto 53037/08, que impõe prejuízos à categoria, entre eles, estabelece avaliação de desempenho aos Admitidos em Caráter Temporário; impede a utilização do artigo 22; dificulta participação nos concursos de remoção; e propõe atribuição de aulas compulsoriamente.
A assembléia aprovou também reuniões em todas as subsedes da APEOESP para a organização da greve. Na segunda-feira, 16, reunião com os professores; na terça e quarta-feiras, reunião com pais e alunos para explicar os motivos da greve. Na quinta-feira, 19, assembléias regionais. Uma nova assembléia estadual foi marcada para sexta-feira, 20, no vão livre do MASP (avenida Paulista), a partir das 14 horas.
Nossas principais reivindicações:
*Revogação do Decreto 53037/08, que impõe vários prejuízos à categoria;
*Reajuste salarial;
*Um novo Plano de Carreira;
*Fim da aprovação automática;
*Liberdade de cátedra;
*Extensão do ALE para todas as unidades;
*Gestão democrática e autonomia da escola;
*No máximo 35 alunos por sala;
*Melhores condições de trabalho;
*Incorporação das gratificações com extensão aos aposentados;
*Concurso público estadual;
*Garantia de emprego e estabilidade a todos os professores.
ASSEMBLÉIA GERAL ESTADUAL DIA 20 DE JUNHO, ÀS 14 HORAS, NO VÃO LIVRE DO MASP
Nota da APEOESP divulgada à imprensa – 13.08.2008
Greve dos Professores
Em nota divulgada logo após a deflagração da greve dos professores, em assembléia legítima realizada na Praça da República, a Secretaria da Educação incorre em inverdades: afirma que tentou negociar com a APEOESP em cinco reuniões e que o Sindicato deixou de pensar nos alunos ao tomar a decisão de paralisar as atividades.
A APEOESP participou sim de cinco reuniões, após insistentes solicitações junto ao governo estadual. Em apenas uma delas, a Secretária Maria Helena esteve presente. Nas demais, fomos recebidos pela assessoria ou ainda por secretários de outras pastas. Nestas reuniões, o governo se limitou a ouvir as reivindicações da categoria e afirmar que não poderia tomar qualquer providência naquele momento.
Nenhum dos itens da pauta de reivindicações apresentadas foi acatado pelo governo. Todas as ações determinadas por esta administração são impostas autoritariamente e desrespeitosamente, tentando responsabilizar os professores pelos problemas existentes na rede pública de ensino.
Entre os itens propostos nas reuniões, citamos o fim da aprovação automática, a redução do número de alunos por sala, valorização dos profissionais com melhoria salarial e melhores condições de trabalho e políticas adequadas para acabar com a violência nas escolas.
Diante da negativa em atender a nossa pauta, reivindicadas durante os 13 anos de administração deste governo, fica claro que quem não pensa nos alunos e no ensino de qualidade é a Secretaria da Educação e não a APEOESP.
A greve, um direito constitucional, aprovada legitimamente pelos professores, foi o último recurso encontrado para que este governo respeite os profissionais e os alunos e atenda a pauta de reivindicações da categoria.
APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo